Antes mesmo da pandemia mundial da covid-19, as “etiquetas respiratórias” já eram frequentemente usadas por parte da população. O termo se refere a uma série de ações que podem reduzir os riscos de transmissão de doenças infecciosas por meio dos fluidos gerados em conversas, tosses ou espirros. Dentre as condutas de prevenção, estão o uso de máscara e higienização contínua das mãos.

Mesmo com o fim da situação de emergência em razão do momento pandêmico, iniciado em 2020, as máscaras continuam sendo recomendadas em algumas situações, conforme decreto do Governo do Estado. Pacientes com sintomas respiratórios e profissionais da saúde são alguns dos grupos que são instruídos a utilizarem máscara. De acordo com o consultor em infectologia da Escola de Saúde Pública do Ceará, Keny Colares, essas recomendações são importantes, principalmente, para quem está com algum sintoma gripal.

“Quando você tosse e utiliza as mãos, isso é bom porque evita-se uma transmissão, mas agora suas mãos estão contaminadas e, naturalmente, você toca em outras pessoas. Então, o ideal é usar um papel descartável ou o antebraço, já que ali você não vai tocar em ninguém”, explica o especialista.

Para quem não está doente ou não apresenta sintomas gripais, os cuidados também devem ser aplicados. Ainda segundo Colares, estamos em uma época sazonal de viroses circulando. “Então, neste caso, vale a pena usar máscaras em locais mais fechados ou onde tenha muita aglomeração”. Outro item fundamental para a prevenção de doenças é a atualização da caderneta vacinal. “Estamos no meio de uma campanha e as pessoas precisam se imunizar, é uma forma eficaz para evitar uma contaminação”, complementa Colares.

Conforme decreto do Governo do Ceará, publicado no Diário Oficial, devem usar máscara:

• Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para covid-19 e seus acompanhantes;
• Pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante o período de transmissibilidade da doença (últimos dez dias);
• Profissionais que fazem a triagem de pacientes;
• Profissionais do serviço de saúde, visitantes e acompanhantes presentes nas áreas de internação de pacientes, como as enfermarias, os quartos, as unidades de terapia intensiva, as unidades de urgência e emergência, os corredores das áreas de internação etc;
• Situações em que houver a indicação do uso de máscara facial como equipamento de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde, em qualquer área do serviço de saúde.