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26 de abril de 2025

A força destrutiva do bolsonarismo apavora até quem ajudou a nutri-la

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Azedo, mas também amargo, opositor de qualquer movimento progressista, o jornal “O Estado de S.Paulo” publicou editorial com o título “Os Mercadores do Caos”. Diz logo no parágrafo inicial: “O bolsonarismo não é uma força política normal. É uma força destrutiva, que só consegue prosperar num ambiente de conflagração permanente, desconfiança entre os cidadãos – e entre estes e as instituições – e negação da política como meio de concertação civilizada entre interesses sociais divergentes”. Esses anormais, segundo o Estadão, “têm agido como mercadores do caos, espalhando desinformação em meio à tragédia climática que arrasou o Rio Grande do Sul. Há uma agenda em jogo. E ela não poderia estar mais distante dos interesses nacionais, que dirá dos imperativos morais e humanitários que devem orientar a ação de governos e da sociedade neste momento de amparo aos gaúchos”. Insuspeito, o jornalão de 139 anos – que se pôs a favor do Estado Novo, da ditadura militar, do fervor privatista tucano, do impeachment de Dilma Rousseff, da operação Lava-Jato, de outras peripécias da direita – acordou para um fenômeno que, com intolerância e cumplicidade, ajudou a gerar.

Boicote à solidariedade
O Estadão diz que “a fim de enfraquecer a democracia que tanto desprezam (…), figuras (do bolsonarismo) agem de forma livre e consciente para destruir os laços de solidariedade entre os brasileiros”. E que ninguém esqueça: o Estadão ajudou a nutrir, como poucos, a tal “força destrutiva”.

A Democracia vs. o crime
Mais: “Os bolsonaristas têm o direito de criticar o governo federal. Como oposição, estranho seria se não o fizessem. Os bolsonaristas têm até o direito de serem injustos com o presidente Lula da Silva, afirmando que o petista nada tem feito para aliviar o sofrimento dos gaúchos – o que não é verdade. Mas não é de críticas que se está tratando. É de uma desumanização que extrapola as lides políticas entre ‘direita’ e ‘esquerda’, ‘conservadores’ e ‘progressistas’”.

A bem do País
No fim: “Esse processo há de ser interrompido, a bem do País, não só do Rio Grande do Sul, com mais informações de qualidade e, principalmente, com os genuínos democratas se unindo em defesa da boa política como a expressão mais iluminada da democracia”.

Pago com dinheiro público
Um deputado bolsonarista pôs para tramitar na Câmara federal projeto que institui o 9 de janeiro como “Dia do Preso Político”. A “ideia” homenageia pilantras e outros vigaristas que deram o golpe de estado frustrado em 2023. Para celebrar, bem que se poderia dar uma dura nos criminosos que têm quebrado tornozeleiras e se escafedido para a Argentina.

A lei é dura, mas é a lei
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará lança segunda-feira próxima o Programa de Enfrentamento à Desinformação Eleitoral no Ceará. Quatro dias depois, a Câmara de vereadores promove o Fórum Municipal de Direito Eleitoral de Fortaleza. Dura lex, sed lex.

Dilmãe
Leva o jamegão da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, vítima de impeachment urdido pelo então deputado federal Eduardo Cunha, tucanos, bolsominions e outras figuras funestas, a liberação de R$ 5,7 milhões do banco dos Brics para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

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