Voltar ao topo

13 de outubro de 2024

Wagner rejeita ligação a Bolsonaro por 4 vezes e diz que ainda vai definir voto

Já na abertura de sabatina nesta quarta, candidato ao Palácio da Abolição foi questionado se apoia e se é apoiado ou não pelo presidente da República
Em 2018, Capitão Wagner participou de uma live ao lado do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

Compartilhar:

Dois dos principais candidatos ao governo do Ceará já deixaram claro seus apoios na disputa nacional. Para a Presidência, Elmano Freitas segue com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu correligionário. Roberto Cláudio, do PDT, foi escolhido e também apoia o presidenciável Ciro Gomes. Já Capitão Wagner (União Brasil), que já recebeu apoio público do presidente Jair Bolsonaro (PL), evita se ligar à imagem do presidente na corrida atual.

Em sabatina realizada pelo Uol/Folha de S.Paulo nesta quarta-feira, 10, o candidato ao governo negou, por quatro perguntas seguidas, que tenha definido apoio ao atual presidente da República.

Já na abertura de sabatina, o candidato ao Palácio da Abolição foi questionado se apoia e se é apoiado ou não pelo presidente da República. Em resposta, Wagner repetiu o argumento que tem usado em entrevistas de que, por possuir diversos partidos na coligação, deve dar espaço para que as legendas defendam candidaturas próprias. Atualmente, fazem parte da aliança de Wagner, além do União Brasil, o PL, PTB, Avante, Republicanos e Podemos. A continuação do Pros na candidatura segue em disputa na justiça.

“A gente tem um palanque amplo aqui no estado do Ceará e, logicamente que, dentro desse palanque, a gente vai dar liberdade para cada partido poder conduzir a campanha do seu candidato a presidente”.

O partido do Capitão Wagner disputa a corrida presidencial com a senadora Soraya Thronicke. O PTB anunciou o ex-deputado federal Roberto Jefferson como candidato à Presidência em 2022. Enquanto isso, o PROS segue definindo na Justiça se segue ou não com a candidatura do coach Pablo Marçal.

Contudo, o PL, principal partido da aliança com Wagner, que indicou o nome de seu vice, o ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos, é o partido do presidente Jair Bolsonaro, segundo melhor colocado em todas as pesquisas de intenção de votos. Até agora, o único que pode impedir o mandatário de ser reconduzido ao cargo é o ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas.

Ainda durante a sabatina, Capitão Wagner foi novamente provocado a definir o posicionamento próprio e afirmou que ainda ia conversar com o União Brasil para definir se será obrigatório aos diretórios locais o apoio à candidatura da sigla. Ele contou estar em Brasília para obter essa definição. E, novamente, não respondeu sobre o atual presidente. “Eu só posso responder quando eu conversar com o partido”, reiterou.

Perguntado sobre a avaliação que faz do atual governo e se apoia Bolsonaro como presidente, Wagner respondeu que tem um mandato independente e que uma história diferente do fenômeno que elegeu Bolsonaro em 2018. Destacou ter sido eleito como vereador mais bem votado em 2012. Na sequência, venceu para deputado estadual, também com votação recorde em 2014, seguindo para a Câmara Federal em 2018.

Wagner citou pontos positivos do Governo Federal, como a conclusão do projeto de transposição do Rio São Francisco que está” acabando com a indústria da seca”, e o Auxílio Brasil, mas reiterou que também faz críticas e já votou contra projetos do governo. Finalmente, na quarta vez, perguntado se a postura do União Brasil vai definir o voto dele próprio para a Presidência, Capitão Wagner respondeu que não define o voto dele, mas a postura enquanto candidato.

Questionado em quem vota para presidente, disse que definirá “a partir do momento que conversar com o partido.” Em julho, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Fortaleza e participou de evento religioso. Wagner esteve presente e foi chamado de “grande amigo” pelo mandatário, mas evitou participar da motociata promovida pelo mandatário além de ficar do lado oposto do palco onde o chefe do Executivo discursava.

Agenda

Nesta semana, Capitão Wagner intensificou a agenda de entrevistas com a imprensa, participando de entrevistas e sabatinas. Além disso, também estará em dois encontros regionais do União Brasil. Neste sábado, 13, o candidato passa por Quixadá, às 9 horas, e Iguatu, às 17 horas, para agendas da sigla, e segue para agendas públicas no domingo, 14, nas cidades de Cedro (10h30) e Mombaça (16 horas).

[ Mais notícias ]