O candidato ao Governo do Ceará pelo União Brasil, Capitão Wagner, respondeu nesta quarta-feira, 14, que amadureceu e, agora, é contrário a motins policiais.
“O Wagner de 2012 é diferente do Wagner de 2022, que amadureceu e compreendeu uma série de questões. É lógico que, como governador, a gente tem que cumprir o que está previsto na lei”, disse em entrevista no Cetv, da Verdes Mares.
O deputado federal foi questionado sobre o apoio aos motins policiais de 2012 e 2020. O capitão da PM afirmou que, se eleito, vai criar um fórum de discussão com os servidores para discutir a situação do Estado e evitar esse tipo de movimento.
“Vou implementar um fórum permanente de debate e discussão com os servidores públicos, justamente para evitar que esses movimentos aconteçam. Se esse movimento acontece na educação, é prejuízo, se acontece na saúde é um risco muito grande para a saúde das pessoas, e se acontece na segurança, da mesma forma, é um grande risco. Vou trabalhar incansavelmente para que isso não aconteça. Se acontecer, a gente tem que usar a lei para que esse movimento não continue”, complementou.
O deputado federal ainda negou que tenha apoiado o movimento de profissionais da segurança em 2020 e avaliou que, naquela época, o motim não gerou benefícios..
“A gente amadurece. Mudei sim. É tanto que no movimento de 2020, eu me posicionei contra. Participei da negociação e me posicionei contra. Aquele movimento não gerou bem pra ninguém e sou contra qualquer tipo de movimento nesse sentido”, garantiu Wagner.
No último debate entre candidatos ao governo, na segunda (12), os principais adversários do candidato que lidera a disputa, usaram a participação dele nos movimentos de paralisação de agentes da segurança para atacá-lo.
“Olha a biografia do Capitão. Ele na verdade, participou de dois motins de polícia, foi vereador, deputado estadual e federal e o que é que concretamente fez pela segurança?”, questionou Roberto Cláudio (PDT), durante o evento realizado pelo Grupo O Povo de Comunicação.
Em outro momento, Elmano de Freitas, do PT, disse: “eu acho que ele se garante mesmo é em motim”, em referência a Wagner.