David Mota
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Roberto Moreira
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Capitão Wagner (União Brasil) acaba de firmar aliança com o PL de Acilon Gonçalves no Ceará. As tratativas foram finalizadas cerca de uma semana depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) vir a Fortaleza e gritar em alto e bom som o nome do deputado federal licenciado.
Ao OPINIÃO CE, o parlamentar falou na semana passada, portanto – antes das oficializações dos nomes de Roberto Cláudio e Elmano de Freitas, respectivamente PDT e PT como cabeças de chapa ao Palácio da Abolição – sobre projeção para o pleito de outubro, em que vai concorrer ao Governo do Estado e tensões políticas locais, entre outros temas.
OPINIÃO CE – Como o senhor está vendo o quadro sucessório no Ceará com a possibilidade de três candidaturas fortes?
CAPITÃO WAGNER – Isso faz com que haja uma mudança de cenário. A possibilidade de acontecimento de segundo turno se fortalece. Mas a gente fica feliz, porque o campo da oposição está unido, enquanto que o grupo que estava governando o Estado demonstra uma fragilidade, uma discordância, uma briga que enfraquece o grupo de lá e nos fortalece. A gente vai focar o nosso trabalho no plano de governo e nas ideias. A gente tem andado muito pelo Ceará. A cada viagem que a gente faz, há a convicção de que a gente está agindo da forma correta, sem agredir adversários e sem baixar o nível do debate. A gente vai construir esse projeto até o dia 2 para que o Ceará seja um estado referência, não só no Nordeste, mas no Brasil.
OPINIÃO CE – O senhor acha que será beneficiado com essa crise do Governo local?
CAPITÃO WAGNER – O que a gente tem escutado nos bastidores, logicamente, e a partir dos eleitores é que esse racha pode beneficiar sim nossa candidatura. As agressões públicas em redes sociais e pela imprensa, entre o grupo que estava governando o Estado até bem pouco tempo, faz com que se demonstre que aquela união não era pelo Ceará, e sim uma união somente pelo poder. O poder pelo poder. Diferente do nosso grupo que está demonstrando uma união pelo Ceará, uma união para construir um Ceará muito mais pacífico, um Ceará onde as oportunidades possam surgir, onde a saúde possa melhorar e, acima de tudo, onde a gente possa reduzir os índices de violência que têm assustado todos os cearenses.
OPINIÃO CE – O senhor lidera a pesquisa com uma certa vantagem. Acha que essa divisão pode lhe favorecer com uma perspectiva de primeiro turno?
CAPITÃO WAGNER – Tenho dois pés atrás quando se fala de pesquisa. A última eleição para prefeito de Fortaleza mostrou que as pesquisas não são confiáveis. A gente tinha uma diferença de 22 pontos do nosso adversário, a favor deles, na semana da eleição, na sexta-feira. E, quando o resultado saiu, foi bem diferente. A gente perdeu a eleição por apenas um ponto e meio. Então, as pesquisas internas que a gente tem feito, o sentimento das ruas e o sentimento das lideranças políticas, é de que, cada vez mais, a nossa candidatura se fortalece. E a gente vai conduzir com muita humildade, com muito pé no chão, o nosso projeto. Agregando todo e qualquer insatisfeito que esteja do lado de lá que queira vir pra cá, para que a gente possa fortalecer o projeto e vencera eleição.
OPINIÃO CE – Jovens como o Alcy Pinheiro e outras lideranças que estão apoiando o senhor, e vão disputar a eleição para Assembleia Legislativa e Câmara Federal, simbolizam que têm também uma juventude com o senhor?
CAPITÃO WAGNER – Acima de tudo, a gente tem visto que as pessoas buscam por mudança. E a candidatura do Alcy representa a renovação, a qualidade. Ele é um advogado renomado, jovem, com muita vontade de trabalhar, que na Assembleia, sem dúvida nenhuma, vai fazer um grande trabalho e nos ajudar a ter uma boa relação entre o executivo e a Assembleia Legislativa.