A vereadora de Crato Mariângela Bandeira (PMN) acusou o colega de parlamento Erasmo Morais (Pros) de tê-la agredido fisicamente, nesta segunda-feira (6), após um debate acalorado sobre a volta da vaquejada naquele município do Cariri cearense. Ainda durante a discussão em plenário, uma ativista da causa animal, identificada por Sireuda, solicitou a palavra, entretanto o vereador Fernando Brasil, que presidia a sessão e disse à mulher que a palavra seria dada a ela, mas somente nos trabalho de terça (7).
Os vereadores discutiam outra pauta, quando a ativista passou a gritar e agredir verbalmente os parlamentares favoráveis à volta da vaquejada, incluindo o vereador Fernando Brasil. Segundo Erasmo Morais, muitos colegas se levantaram e o presidente da sessão confirmou que a defensora da causa animal teria a palavra no dia seguinte, entretanto a mesma continuou a gritar dentro da Câmara Municipal.
Erasmo Morais disse ao presidente que ia dar voz de prisão à ativista. “Em nenhum momento eu peguei ela, segurei ela”, garantiu o vereador ao OPINIÃO CE. O parlamentar acrescentou que a vereadora Mariângela Bandeira interveio e ajudou a defensora dos animais a deixar o ambiente. O vereador lembra que responsabilizou a colega, dizendo o certo seria ter feito Sireuda esperar, pois a Polícia Militar já tinha sido acionada.
“Foi quando ela disse que eu tinha agredido ela (Mariângela) e mostrou o braço vermelho (….). Quero enfatizar que em nenhum momento toquei na vereadora“, assegurou Erasmo Morais, acrescentando que a aconselhou a colega parlamentar a procurar a Polícia, se assim achasse que foi agredida por ele. O Vereador ressaltou que as imagens feitas no interior da Câmara Municipal de Crato mostram que ele não a tocou. O parlamentar também foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência.
Mariângela Bandeira, após sair da Câmara Municipal, foi à Delegacia Regional de Defesa da Mulher e registrou o boletim de ocorrência. Em seguida, foi ao Instituto Médico Legal (IML) para ser submetida a exame de corpo de delito.
“Na sessão ordinária de hoje, depois de um debate polêmico em que envolvia a causa animal, fui agredida fisicamente e psicologicamente pelo colega de casa, vereador Erasmo Morais, que estava agredindo com puxões uma ativista também da causa que esteve na Câmara e expressou seu repúdio ao tema que estava sendo abordado, que era ele a possível volta da vaquejada em nossa cidade”, disse a vereadora nas redes sociais.
Em sua fala, a parlamentar frisou que foi eleita democraticamente pela população cratense para defender a causa animal, a vida de maneira genérica e toda a população. “Não me calarei com nenhum tipo de agressão contra mim e nem contra qualquer mulher. Minha solidariedade à ativista também agredida”, postou a vereadora.
SOLIDARIEDADE
A confusão gerada pelo bate-boca na Câmara Municipal foi o assunto do dia entre os cratenses. Também por meio de redes sociais, a vereadora Mariângela Bandeira recebeu manifestação de solidariedade dos membros do PDT em Crato. “Inadmissível que esse tipo de coisa aconteça! Conte conosco, vereadora @mariangelabandeiraa”, diz a nota do Partido Democrático Trabalhista.