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4 de outubro de 2024

Vaticano autoriza início do processo de beatificação do Padre Cícero; entenda

A informação foi anunciada pelo bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, durante missa realizada na manhã deste sábado, 20
Foto: Reprodução/Cdois Photo Film

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O Vaticano autorizou o processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista na Igreja Católica. A informação foi anunciada pelo bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, durante missa realizada na manhã deste sábado, 20, em Juazeiro do Norte. “Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de servo de Deus”, disse o sacerdote, se referindo ao dia como “histórico”.

“É com grande alegria que vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do Santo Padre, o papa Francisco, uma carta do dicastério para a causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022”.

Segundo informações do G1, o Vaticano atendeu, ainda em 2015, ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja. Com isso, passou a não haver mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação. O pedido para o processo foi feito pelo próprio Dom Magnus Henrique Lopes através de carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano, em maio deste ano.

“Santo Popular”

Padre Cícero, tido como “santo popular” morreu em 1934 rompido com o Vaticano por envolvimento com a política e também pelo “milagre da hóstia”. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre virou sangue na boca de uma beata. Os devotos consideram um milagre, mas a igreja Católica considerou o caso uma interpretação equivocada. Todos os anos, as romarias em homenagem ao santo popular atraem milhões de romeiros a Juazeiro do Norte.

Para concluir a beatificação, o Vaticano faz inicialmente um levantamento da biografia para verificar se há algum fator que possa impedir o processo. Se nada for encontrado, a igreja emite o Nihil Obstat, um documento dirigido ao bispo indicando que o pode haver continuidade do processo. Em seguida, é constituído um tribunal eclesiástico diocesano que vai aferir as qualidades, virtudes e constatar a vida do candidato. Após a conclusão, os documentos são encaminhados para o Vaticano, onde inicia-se a fase romana.

O Vaticano avalia, então, os relatos de milagres e graças que possam dar status de beato. Isso uma vez constatado, ele é automaticamente declarado como ‘venerável’. Se houver um milagre consistente, é iniciada a fase de beatificação.

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