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7 de dezembro de 2024

Uma década sem Chorão: relembre sucessos que mantêm seu legado vivo

A morte de Alexandre Magno Abrão, o eterno Chorão, completa dez anos nesta segunda-feira, 6
Foto: Divulgação/Documentário 'Marginal alado'

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A morte de Alexandre Magno Abrão, o eterno Chorão, completa dez anos nesta segunda-feira, 6. Vocalista do Charlie Brown Jr., o artista é considerado um dos maiores nomes do rock nacional e da música jovem nas décadas de 1990 e 2000. Chorão deixou seu legado com as letras que uniam a poesia ao rock e ao skate. Prova disso é que é comum, ainda hoje, ver referências às suas músicas, sem que isso fique restrito aos roqueiros ou skatistas.

No futebol, por exemplo, o Santos, seu time do coração, lançou uma camisa em homenagem aos 30 anos da banda, completados em 2022.

Marcão Britto e Thiago Castanho, da formação original do grupo, aproveitaram a data redonda para uma turnê relembrando sucessos. Egypcio, do Tihuana, foi convidado como vocalista, em apresentações que serviram como homenagem respeitosa e um momento de lembrança e nostalgia para muitos fãs, alguns que não tiveram oportunidade ou idade para ver o Charlie Brown ao vivo no passado. Outros eventos também foram organizados por seu filho, que se indispôs com ex-integrantes da banda.

Durante o Rock In Rio do ano passado tivemos um pouco de como a figura de Chorão segue importante também para outros gêneros, quando Matuê e Xamã prestaram suas homenagens ao artista no palco. Ao longo da carreira, o cantor também teve influência do rap, não só nas músicas do Charlie Brown Jr., como também em colaborações com RZO (Não É Sério, A Banca) e Sabotage (Cantando Pro Santo), para ficar apenas nas mais conhecidas.

As plataformas digitais e redes sociais também ajudam a manter Chorão no imaginário popular. Só no Spotify, são cerca de 5 milhões de ouvintes mensais do CBJR. Um perfil verificado no Instagram relembra frases e momentos do cantor diante de quase meio milhão de seguidores.

NOSTALGIA?

Há quem argumente que a imagem de Chorão se aproveita um pouco da onda de saudade que trajetórias de sucesso interrompidas antes do tempo esperado causam em parte do público. Mas, apenas isso não seria suficiente para sustentar a popularidade por uma década.

Há também as produções derivadas de sua história, como o documentário Chorão: Marginal Alado (disponível no Prime Vídeo), ou o livro Se Não Eu, Quem Vai Fazer Você Feliz?, escrito em 2018 pela esposa do cantor, Graziela Gonçalves – que trata de sua relação com o marido. Já a biografia Champ, de Pedro de Luna, aborda a trajetória do baixista do Charlie Brown Jr., Champignon (também morto em 2013), incluindo sua conflituosa relação com o amigo. O musical Dias de Luta, Dias de Glória, que estreou em 2015, também abordava a formação da banda.

10 MÚSICAS PARA RELEMBRAR CHORÃO

  • Só os Loucos Sabem
  • O Coro Vai Come
  • Céu Azul
  • Dias de Luta, Dias de Glória
  • Zóia de Lua
  • Proibida Pra Mim
  • O Preço
  • Só Por Uma Noite
  • Eu Vim de Santos, Sou Charlie Brown
  • Ela Vai Voltar

CAUSA DA MORTE

Em 2013, o laudo do exame necroscópico, concluído pelo Instituto Médico Legal, apontou que a morte de Chorão foi provocada por overdose de cocaína. O cantor foi encontrado no próprio apartamento, em 6 de março daquele ano, e amostras da droga foram localizadas no imóvel. O documento confirmou que foram encontradas no corpo de Chorão 4,714 microgramas de cocaína por mililitro de sangue. A morte foi confirmada por “intoxicação exógena devido à cocainemia”.

Chorão apresentava miocárdio hipertrófico, responsável pelo aumento do tamanho do músculo do coração, coronarioesclerose grave, com bloqueio das artérias coronárias por gordura, nefroesclerose renal, com alteração no tecido do rim, edema cerebral e esteatose hepática, com excesso de gordura no fígado.

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