Um latino-americano muito humano, com visão nova de um catolicismo inclusivo e renovado para os novos tempos. O Papa da igreja dos pobres, da igreja em saída, da casa comum. 86 anos, debilitado, por vezes aparece em cadeira de rodas. Bom seria se sua duração no poder fosse de décadas, como foi a de seus predecessores. Que seja longo seu pontificado e que mude o que precisa de mudança na Igreja.
DA PERIFERIA PARA O CENTRO DO MUNDO
Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, assumiu o comando da Igreja Católica, após a era João Paulo II, seguido por Bento XVI. Francisco inaugurou o terceiro milênio, o século XXI, a atual época, com suas demandas eclesiais e sociais. Em seu primeiro discurso disse que os cardeais foram buscar alguém quase “do fim do mundo”.
POR UMA CASA COMUM
Houve cientista ateu que aguardou ansioso o lançamento da encíclica Laudato Si. Documento papal, elaborado ouvindo vozes do tempo e, sobretudo, os clamores do planeta, que agoniza com a natureza pedindo socorro. Francisco apresenta e propõe o pensamento de uma casa comum, que é a Terra, habitada por todos, na qual todos moram, da qual todos necessitam para o sustento e sobrevivência. Alerta para o cuidado com essa casa de todos.
IGREJA NA ESTRADA
O atual papa, além de muito humano, próximo das pessoas e quebrador de protocolos, possui vasta produção de escrita. Em outro documento, na Evangelii Gaudium, ele afirma: “prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”.
FORTE OPOSIÇÃO
Não só no mundo da política existem os opostos: a esquerda, a direita e o centro. No mundo eclesiástico, também. O Papa enfrenta forte oposição da ala conservadora da igreja. Além disso, existem grupos de fiéis católicos que não reconhecem Francisco como papa, ou que não aceitam nem engolem o seu pontificado, seu carisma, seu jeito de ser, seus pronunciamentos, suas posições. Esses indivíduos tão piedosos na fé deviam se converter.