O Brasil tem 66,6 milhões de endividados. Segundo pesquisa do Serasa Experian, serviço de monitoramento do crédito, a população nunca esteve tão pendurada em contas. E sabe que ramo prosperou nesse campo? O de empresas especializadas em recuperação de créditos – ou seja, em apertar os devedores. Enganava-se quem achava que o governo de Bolsonaro não havia proporcionado crescimento a setor nenhum. Os cobradores de dívidas estão aí para provar o contrário.
A atividade tem agora incorporado tecnologias modernas para agilizar o atendimento que presta. Uma empresa de Curitiba (PR) está divulgando que conseguiu localizar para clientes o equivalente a R$ 204 bilhões em ativos patrimoniais, representados em 106 mil imóveis.
Aí é outro nível
Quem consegue comprar 51 imóveis com dinheiro vivo, habilitando-se a escapulir das malhas da fiscalização tributária, até pode não depender de recursos assim. Mas há muita gente, de um lado e do outro, no radar de aplicativos e outras inovações.
Como na canção
Letra de Chico Buarque de Hollanda para um clássico da resistência contra o autoritarismo nos anos 1970 – o que, sem esforço, pode ser transposto para os dias de hoje – sobretudo amanhã, com ameaça de golpe: “Apesar de você/Amanhã há de ser/Outro dia/Você vai ter que ver/A manhã renascer/E esbanjar poesia”.
O que é o que é?
O deputado Wagner Sousa (UB), que insiste em se apresentar como especialista em Segurança Pública – como se o fato de ser PM reformado o credenciasse compulsoriamente com às do assunto – não explicou ainda como pretende implantar no Ceará um “padrão FBI”.
Já avisaram?
Primeiro, o FBI sabe disso? Está disposto a transferir tecnologias e métodos para um político sul-americano que nem especialista em segurança é – só foi professor de cursinho e deu serviço em viatura, como admite? Por fim, o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, firmou algum acordo nesse sentido?