Assim a maternidade segue na vida de cada mulher desse mundão. Um dia de cada vez: às vezes, um dia bom, às vezes nem tanto. Têm dias que a gente acorda bem-humorada, se ajeita e o cabelo assenta, dá bom dia pro sol e a paciência ocupa seu lugar no coração. Têm dias que não é bem assim.

São os dias que algo deu errado dentro da gente, ou fora da gente. No dia em que algo no trabalho irrita, a gente bate o carro no ferro do supermercado e toma café frio. Até o café… frio. Para equilibrar, tentamos de todas as formas não deixar respingar na criança ao lado, que nos olha sem entender nada, mas, às vezes, respinga.

E quando respinga a criança sente. Sente tanto que até verbaliza. Ou chora mais. Ou faz mais “birras.” Sente e expressa, mesmo sem saber se expressar. E a gente fica doida sem saber o que fazer para resolver. Sem saber que na verdade um passo nosso para trás e o entendimento de que é na gente, no nosso olhar, que mora a solução, resolveria.

Talvez um banho quente e um chá de camomila nos dias ruins, ou um café com a melhor amiga que a gente não vê há sete meses. Puts! O tempo passa e a gente nem vê. 7 meses. Mas ainda é tempo. Assim como também é tempo de entender de onde parte o dia ruim. E que na gente moram também os dias bons.

E, sabe? Tá tudo bem. Na maternidade é assim: um dia de cada vez.