O desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), Ney Bello, determinou, nesta quinta-feira, 23, a soltura do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e de outros presos na quarta-feira, 22, em operação da Polícia Federal que investiga suspeitas de corrupção e desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na decisão, o magistrado atendeu a pedido da defesa de Milton e disse que sua prisão preventiva e de outros investigados não se justificava.
A prisão do ex-ministro repercutiu, também, no Senado Federal. A oposição decidiu retomar a busca por assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias envolvendo o Ministério da Educação. Nesta quinta-feira, segundo apurou o OPINIÃO CE, o número de assinaturas necessárias foi atingido. Em meio ao imbróglio, o presidente Jair Bolsonaro buscou se distanciar do caso. “Ele que responda pelos atos deles”, disse o presidente.
Tráfico de influência
A operação deflagrada nesta quarta-feira investiga a prática de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ligado ao Ministério da Educação. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.