O deputado federal e palhaço Tiririca é alvo de um novo processo do cantor Roberto Carlos após usar uma paródia com música do artista na campanha para novo mandato na Câmara Federal.
Tiririca lançou um vídeo com paródia da música “O Portão”, onde surge caracterizado como o cantor, usando um paletó, peruca e imitando os trejeitos de Roberto.
“Eu votei, de novo eu vou votar, Tiririca, Brasília é o seu lugar”, canta o deputado que, no programa, ameaça jogar um microfone em um fã, fazendo referência a uma apresentação em que Roberto Carlos se irritou com uma pessoa da plateia.
Confira o vídeo:
Para os advogados do artista, a paródia induz os eleitores ao erro “causando uma associação indevida” entre o palhaço e o cantor. A petição ainda alega que a situação gera danos à reputação de Roberto.
“Roberto Carlos vem exercendo o direito de não se posicionar publicamente em apoio a qualquer político ou partido às vésperas da eleição. Entretanto, contra sua vontade, sua imagem vem sendo atrelada à campanha do réu [Tiririca], de gosto duvidoso, que o retrata de forma grosseira e incondizente com sua educação”, afirmaram os advogados no processo.
“Confere ainda falso endosso à campanha do deputado, incorporando o artista para afirmar que Roberto Carlos nele teria votado e viria a votar novamente”, acusa o músico.
Roberto Carlos pede imediata retirada do vídeo de circulação e o pagamento de indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais.
Essa não é a primeira vez que o artista vai a Justiça contra o palhaço cearense. Uma paródia utilizada na campanha de 2014, também da canção “O Portão” foi alvo de ação do cantor. No caso, a condenação de Tiririca pelo Tribunal de Justiça de São Paulo foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça após entendimento de que paródias não precisam de autorização.
O novo processo tramita na 44ª Vara Cível de São Paulo. O juiz Guilherme Dezem ainda não analisou o mérito do processo, mas rejeitou pedido de liminar do cantor para que o vídeo fosse excluído imediatamente.
O magistrado também negou a Roberto que o processo corresse em segredo judicial.
Com informações da Folha de S.Paulo