O vereador Sargento Reginauro é candidato a deputado estadual pelo União Brasil. A sigla lançou a senadora Soraya Thronicke para a disputa presidencial. Por isso, ele não pode pedir votos a um adversário dela na disputa pelo Palácio do Planalto. Contudo, o parlamentar reitera que tem atuado em alinhamento com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A população cearense sabe que nesse tempo inteiro, principalmente eu trabalhei muito na defesa do Governo Federal. E a gente entende a importância do que está acontecendo no Brasil nessa discussão realmente ideológica, mas nós temos na presidência da república alguém que hoje compreende o sentimento do povo brasileiro”, explica.
“Não vamos poder declarar votos, foi uma questão realmente eleitoral, mas enfim, espero que num segundo turno, a gente esteja livre para de fato decidir quem será o próximo Presidente da República”, complementa.
Participação no motim policial de 2020
Em julho, o parlamentar foi indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE) para investigar o motim policial ocorrido em fevereiro de 2020.
Sobre isso, ele aponta que a CPI sempre teve “motivo eleitoreiro” o que fundamenta na indicação de Elmano de Freitas como candidato ao governo do Ceará pelo PT. Reginauro afirma que teve, sim, participação nas movimentações policiais pois foi convocado pela classe para ajudar na mediação.
“Eu sou um representante político dessa classe, eu em nenhum momento neguei a minha presença nesse evento, esse evento aconteceu e eu fui convocado pelo meu eleitorado a me fazer presente para mediar”, disse ao Opinião Ce durante evento de lançamento do comitê eleitoral nesta quinta-feira, 18.
Participaram da inauguração, o candidato ao governo do Ceará pelo União Brasil, Capitão Wagner, Kamila Cardoso (Avante), postulante ao Senado Federal, e Soldado Noélio, que busca uma vaga na Câmara Federal.
“Fiz parte da comissão, assinei o Termo de cooperação entre as partes como representante político, né? E estava lá, fui convidado a tá a mesa com todos esses atores. Então isso fica muito claro. Se eu tivesse cometido algum crime na mesa onde eu estava era preciso que alguma dessas autoridades soubessem, e inclusive me dessem voz de prisão. E eu estava lá sim. Fiz todo o possível para que a gente conseguisse chegar a termo, para devolver à população no sentido de segurança”, complementou.
Além dele, o relatório final da CPI também indicia Cleyber Barbosa Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), e Francisco Davi Silva Barbosa, ex-diretor da APS.
O documento fez dez propostas do relator. Dentre elas, está a de extinção da APS, fundada pelo deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), que é citado em vários momentos, ao apontar partidarização das associações.
O texto atribui à Associação dos Profissionais de Segurança (APS) “tanto os atos preparatórios quanto o próprio motim”, segundo Elmano. O deputado recomenda o encaminhamento do relatório ao Ministério Público. Sobre Wagner, o relator aponta não haver indício de materialidade de crime cometido por ele.