Nestes dias de agitação e insegurança econômica pelo mundo – pensativo em um engarrafamento de trânsito, busquei refúgio nas canções e, claro, observando os transeuntes, quando o rádio noticiou a entrevista coletiva de Donald Trump recuando o maldito tarifaço. Naquele fim de tarde, em um sinal, fiquei ali, a observar em um churrasquinho de esquina, a alegria contagiante de homens tomando uma cachacinha e falando de futebol, quando um deles saiu com essa: “Eu lá estou preocupado com tarifaço. Quem tem que se preocupar são os ricos, os que investem e têm empresas”. Pensei: “Os caras resumiram parte dos problemas”. Já de partida, ainda consegui ouvir parte da reação de um deles: “Tudo vai ficar caro. A gasolina e os remédios, como tu vai comprar, macho?”. Por falar em remédio, há dois anos uma amiga vendeu apartamento, abandonou escritório médico e, com a família de mala e cuia, foram tentar o “sonho americano”, todos legalizados com visto de permanência, empregos garantidos e bem remunerados. No período de férias na ‘pobre’ Terra Brasilis, a família aproveitou para realizar consultas médicas, exames, check-ups, e ainda levaram uma mala cheia de remédios. Motivo: não conseguem pagar pelas consultas e remédios na terra do Tio Sam. Para os desavisados, a extrema-direita e os conservadores dos EUA orgulham-se da não intervenção do estado na economia e dos seus princípios liberais, ou seja, cada cidadão tem que trabalhar e financiar planos de saúde, previdência, etc. Se ficar doente e não tiver dinheiro para pagar exames e hospitais, vai morrer à míngua. Na fatídica, quarta-feira, dia 2 de abril, os mercados financeiros e o comércio global agitaram-se com o tarifaço de Trump que chamou de o “Dia da Libertação”, ou “libertação” dos EUA de produtos estrangeiros, ao elevar as taxas de importação que chamou de “tarifas recíprocas” contra mais de 180 países. Essas mediadas, obviamente, têm como objetivo limitar a concorrência de produtos estrangeiros. Mas isso não é proteger a economia doméstica? Não é uma agenda protecionista? Mas, eles não defendem o liberalismo? As medidas protecionistas provocaram reboliço, pânico nos mercados, incertezas e queda nas bolsas, valores na Europa e do dólar. A União Europeia e a China não tardaram em suas retaliações, não apenas com taxações de produtos como a China de 84%, mas ameaçando de processo na OMC contra os EUA. Só esqueceram de avisar ao Donald que essas mediadas não haviam sido combinadas com os poderosos donos de empresas milionárias que o apoiaram na campanha eleitoral, e que, obviamente, não aceitam perder milhões de dólares da noite para o dia. Esqueceram também de avisá-lo de que a economia do Tio Sam estagna sem a tecnologia vindo da China, e que, o seu protecionismo pode favorecer a abertura de um acordo promissor e excelente mercado entre a União Europeia, Mercosul e a China. Por outro lado, a OMC não consegue fazer o seu dever de casa: regular o comércio global, promover o crescimento econômico e a concorrência leal entre os países. Por falar em dever de casa, A ONU que já era conhecida por ser “elefante branco”, não consegue fazer minimamente acordos de paz nas guerras da Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas, – agora está morta mesmo. Recentemente Trump disse não aceitar por hipótese nenhuma que o Irã tenha bomba atômica. Mas, por que os EUA e Israel podem ter bombas atômicas?

Detecção precoce aumenta chances de cura do câncer de mama, reforça Saúde no Ceará
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) promove desde 2024 a campanha “De outubro a outubro rosa”. A ideia é falar sobre autocuidado o ano inteiro e estimular a realização dos exames necessários