O prefeito de Caucaia, Vitor Valim (sem partido), em entrevista ao OPINIÃO CE, afirmou que tem ciência da problemática do lixo no Município e que já conversou com a empresa sobre a regularização da situação no prazo de 10 dias. Na última semana, moradores de Caucaia denunciaram restos de alimentos, pneus e roupas velhas, sacolas plásticas e até fios elétricos espalhados por vários pontos na cidade, como no canteiro central da Avenida Dom Almeida Lustosa, uma das principais vias caucaienses.
Responsável pelo recolhimento de lixo na cidade, a EcoCaucaia chegou a comunicar, em nota, que não houve interrupção dos serviços de coleta.
Valim assume que houve transtornos para a população, mas que a situação será normalizada. “Tive uma reunião recente na sede da empresa que faz a coletiva seletiva de Caucaia e o que me foi passado é que nos próximos 10 dias estará regularizado. Realmente causou alguns transtornos para a população, mas a empresa garantiu que vai ser regularizado”, afirma o prefeito. A declaração foi feita ao OPINIÃO CE na última sexta-feira, 12, em evento com o presidente Lula (PT), em Fortaleza.
LEILÃO DE TERRENOS
Questionado sobre a aprovação da lei que autoriza a venda de mais de 30 imóveis pertencentes ao Município, com previsão de arrecadação de R$ 60 milhões, o prefeito de Caucaia explicou ao OPINIÃO CE os próximos passos do leilão dos terrenos.
“Estamos fazendo é o credenciamento de uma empresa que tenha o mesmo padrão que se é feito pelo Ministério Público Federal. Será feito na forma de lote e será cada vez mais transparente para que cada vez mais se traga recursos para Caucaia. O destino desse recurso é para o Instituto de Previdência Municipal de Caucaia (IPMC) que tem um grande déficit para ajudar nossos servidores para se aposentarem, como também para Escolas de Tempo Integral e o restante é para infraestrutura da nossa cidade. Isso é responsabilidade patrimonial para que o recurso volte para a população“, esclarece Vitor.
O assunto causou alguns desentendimentos no início deste mês entre o prefeito e seu vice, Deuzinho Filho. A Prefeitura justifica a venda dos imóveis argumentando que a ação possibilitaria a construção de escolas, hospitais, espaços de promoção cultural e de lazer. Além disso, ressaltou que, caso os terrenos permaneçam desocupados, “poderão ser objeto de ocupação desenfreada por parte de particulares”. Deuzinho, por sua vez, acusa Valim de estar utilizando verba pública para fins pessoais.