A redução do preço médio do gás de cozinha a distribuidoras em 4,7%, concedido pela Petrobras no início desta semana, não acarretará, necessariamente um preço mais baixo para o consumidor final brasileiro, sobretudo, o cearense. Em nota ao OPINIÃO CE, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) esclareceu que os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado.
Segundo o texto, as distribuidoras associadas “não reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço e não há como fazer uma previsão ao consumidor. É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência.”
Conforme apurado pela reportagem, o preço do gás de cozinha no Ceará vai voltar a subir nos próximos dias. Essa elevação pode chegar a R$ 10 por botijão. O reajuste já deve ser sentido pelo consumidor final, porque, na medida em que as revendedoras zeram o estoque, os novos botijões já serão comprados pelo novo preço.
Atualmente, no Estado, o botijão de gás de 13 kg custa entre R$ 115 e R$ 120 e passará a custar entre R$ 120 e R$ 125. Ainda de acordo com o Sindigás, sempre no mês de setembro, é feita uma revisão anual dos custos e do aumento na folha de pagamento de funcionários. Por esse motivo, afirma a instituição, foi preciso repassar o reajuste aos consumidores. O aumento é nacional já era esperado, segundo o sindicato.
HISTÓRICO DE PREÇOS
O preço do gás de cozinha havia sido alterado pela última vez no dia 9 de abril deste ano, quando o quilo passou de R$ 4,48 para R$ 4,23, equivalente a R$ 54,94 por 13kg para as distribuidoras. Antes, no entanto, vinha em trajetória de alta: em março último, o gás de cozinha vendido pela Petrobras havia sido reajustado em 16,1%. Em outubro do ano passado, a alta havia sido de 7,2%. Em julho do mesmo ano, foi de 6%.