Caso notificado suspeito de Monkeypox, atendido no município de Pacatuba e residente em Maracanaú, foi registrado no dia 7 de junho deste ano
Giovana Brito
ESPECIAL PARA OPINIÃO CE
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Os dois casos suspeitos de varíola dos macacos pertencentes à Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentam dimensões diferentes: um está descartado com paciente da Capital, ao passo que o paciente de Maracanaú está sendo investigado.
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que o último caso notificado suspeito de Monkeypox, atendido no município de Pacatuba e residente em Maracanaú, segue em investigação epidemiológica seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. A investigação ocorre desde o último dia 7, quando o caso foi informado.
O primeiro caso suspeito, notificado ainda no mês de maio, em um residente de Fortaleza foi descartado após investigação epidemiológica e laboratorial. A notificação do caso havia sido confirmada pelo Ministério da Saúde no último dia 30.
A Sesa havia adiantado, no entanto, que a pessoa suspeita da infecção não teria viajado para os locais onde a doença já foi registrada ou mantido contato com alguém contaminado. A pasta suspeitava de que o paciente estivesse com sarampo, mas quando questionada, até o fechamento deste conteúdo, se limitou a dizer que foi descartado.
“Este caso segue em investigação epidemiológica. Foram aplicadas todas as medidas recomendadas, como isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento”, explica nota da Sesa.
CENÁRIO NO BRASIL
No Brasil há pelo menos três infectados, dois em São Paulo e o último foi notificado no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde fez o comunicado no domingo, 12, do terceiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente está em isolamento em Porto Alegre.
O paciente gaúcho, de 51 anos, esteve em Portugal, país com cerca de 209 infectados pela doença. O ministério afirma que ele chegou ao Brasil na sexta-feira, 10. Ele está em quarentena na casa dele com as pessoas que teve contato.
De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de 10 casos suspeitos nos estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Maranhão, Ceará e no Rio de Janeiro. Recentemente, casos de infecção do vírus têm sido relatados em Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.
Até pouco tempo, todos os casos fora da África eram casos importados de viajantes recentes à República Democrática do Congo ou à Nigéria. Os casos comunicados em maio de 2022 são os primeiros casos autóctones, cuja via de transmissão ainda não se tem estabelecido ao certo.
O Monkeypox vírus, embora seja conhecido por causar a “varíola do macaco” ou “varíola símia”, é um vírus que infecta roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o homem. A infecção possui sintomas bem similares à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão e de letalidade.