A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) do Ceará realizou coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 19, para apresentar o cenário da Monkeypox e o plano de controle da doença no Estado. O secretário de saúde, Carlos Hilton, e a secretária de Vigilância em Saúde, Sarah Mendes, comandaram a coletiva e apresentaram as estratégias de saúde para combater a doença. Até o momento, o Ceará notificou 358 casos, com 29 confirmações – aumento de seis casos em relação ao último balanço.
Durante a coletiva, Sarah divulgou a criação de um Comitê de Operações Especiais (COE) da Monkeypox, que se reunirá semanalmente para discutir ações e estratégias de prevenção e controle da varíola dos macacos. Há também a disponibilidade, a partir desta sexta-feira, do painel do cenário da doença no IntegraSus – semelhante ao que acontece com situação da covid-19 no Estado. Até às 13h07 desta sexta, a função para acompanhar o cenário da Monkeypox no Ceará não estava disponível.
A secretária afirmou, ainda, que não há previsão para chegada da vacina contra a doença, mas que estão monitorando a situação junto ao Ministério da Saúde. “Nós estamos aguardando, não temos prazo ainda, mas aguardamos com muita ansiedade a chegada dessa vacina”, disse Sarah.
Cenário
Até quarta-feira, 17, o Ceará somava 23 casos confirmados de varíola dos macacos, segundo a Sesa. O número representou um aumento de 64% em relação ao total observado no balanço anterior, há cinco dias, em 12 de agosto, quando haviam 14 confirmações. Dos nove novos casos, na ocasião, oito são de residentes em Fortaleza e um outro na cidade de Jijoca de Jericoacoara – a terceira confirmação em municípios do interior do Estado.
“Dentre os pacientes que tiveram confirmação para a doença, 20 moram na Capital cearense, um no município de Russas, um em Jijoca de Jericoacoara e outro em Sobral, com idades entre 18 e 43 anos. Todos são do sexo masculino”, destaca a Sesa. Ainda conforme a Pasta, oito dos casos confirmados em Fortaleza são ‘autóctones’, ou seja, de transmissão local, o que configura indicativo da transmissão comunitária do vírus no Município.