A CPI que pretende passar um pente fino no ex-todo poderoso magistrado que mandou para a prisão deputados, senadores, empresários e servidores públicos, será baseada em processo do Tribunal de Contas da União (TCE) que fisgou Moro embolsando muito dinheiro das empresas que ele levou à falência e estão sendo reerguidas.
Os parlamentares também estão com munição que compromete o comportamento ético do então juiz. Moro é acusado de usar a toga para destruir a imagem de políticos influentes para beneficiar e direcionar aliados. O site de notícias UOL denunciou que Moro combinou com procuradores da Lava Jato investigar os críticos da operação.
Teria acertado com os procuradores encontrar “coisa errada” envolvendo Ciro Gomes e o senador Cid Gomes, foi quando surgiu a ideia de prender um diretor da Galvão Engenharia que, após um tempo na cadeia, fez delação e citou o pré-candidato do PDT.
O “lado bandido” de Sergio Moro uniu bolsonaristas, centrão e a esquerda para formar a CPI para investigá-lo. Moro poderá sair fortalecido ou sair da CPI como criminoso e conhecer o chão frio da prisão. CPI se sabe como começa, mas não se conhece o final. É imprevisível.
O centrão é o grupo de parlamentares mais interessado na CPI para investigar o ex-juiz e seus negócios. Moro foi impiedoso com deputados e líderes ligados ao centrão. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lita, alvos da Lava Jato, conversaram sobre a CPI. Os dois estão recebendo pressão para aceitá-la. Moro terá problemas.