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10 de fevereiro de 2025

Senado Federal pode ter a maior bancada feminina da história da casa

Crescimento é resultado da chegada de quatro suplentes que substituirão membros nomeados para ministérios de Lula, incluindo a parlamentar cearense Augusta Brito
Foto: Beatriz Boblitz

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A bancada feminina do Senado deve iniciar a nova legislatura com 15 senadoras, o que representa o maior número de mulheres exercendo mandatos na Casa em toda a história. O crescimento é resultado da chegada de quatro suplentes que substituirão membros nomeados para ministérios do presidente Lula (PT), incluindo a senadora Augusta Brito (PT), que ficará no lugar de Camilo Santana (PT). O ex-governador cearense assumiu o Ministério da Educação (MEC).

As novas filiações podem mudar esse quadro até fevereiro, quando começa a legislatura. A confirmação de que Augusta Brito ocuparia a vaga de Camilo veio no início deste mês. A parlamentar chegou a ser sondada como secretária do governador Elmano de Freitas (PT), mas os rumos mudaram após convite de Lula para Camilo assumir o MEC. A então segunda suplente nas eleições majoritárias de 2022 é Janaína Farias, também do PT.

MUDANÇA DE CENÁRIO
As eleições de outubro de 2022 haviam indicado uma redução do número de senadoras em relação à legislatura anterior: seriam 11. Do grupo, seis estão na segunda metade do mandato (de oito anos), quatro foram eleitas em outubro e uma assume mandato cujo titular foi eleito para o governo estadual. No início do ano, cinco senadores que têm mandato na legislatura que se inicia foram nomeados para o ministério de Lula, e quatro deles têm uma mulher como primeira suplente. Os senadores nomeados para ministérios não renunciam ao mandato e, caso deixem suas pastas, assumem as cadeiras. Dessa forma, serão 11 as senadoras titulares do próprios mandatos.

O tamanho da bancada feminina depende da confirmação de que serão as primeiras suplentes que tomarão posse no lugar dos senadores licenciados. Há dois casos em que a segunda suplente da chapa também é uma mulher: Janaína Farias (PT-CE) na chapa de Camilo Santana e Maria de Lourdes (PCdoB-MA) na chapa de Flávio Dino.

Suplentes que devem assumir vaga
Augusta Brito (PT-CE): deputada estadual desde 2015 e duas vezes prefeita do município de Graça, no Ceará. Na Assembleia Estadual, foi líder do governo e chefe da Procuradoria Especial da Mulher.
*Margareth Buzetti (PSD-MT): exerceu mandato de senadora entre junho e outubro de 2022 e volta a ocupar o lugar de Carlos Fávaro (PSD-MT), que foi para o Ministério da Agricultura.

Ana Paula Lobato (PSB-MA): atual vice-prefeita de Pinheiro (MA). Com 38 anos, ela será a senadora mais jovem da legislatura e a mulher mais jovem no Senado desde Heloísa Helena (AL), que tomou posse em 1999 aos 36. Vem para o lugar de Flávio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça.

Jussara Lima (PSD-PI): já foi vereadora e vice-prefeita de Fronteiras (PI). Ela é esposa do deputado federal Júlio César (PSD-PI) e mãe do deputado estadual Georgiano Neto (MDB-PI). Vem para o lugar de Wellington Dias (PT-PI), ministro do Desenvolvimento Social.

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