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18 de maio de 2025

Semana se encerra com novas movimentações em torno da terceira via

Fachada lateral do Palácio do Planalto

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Pré-candidatos ao Planalto pelo grupo formado por PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil fortalecem negociações e se articulam entre novos nomes para corrida presidencial

Ingrid Campos
ingrid.campos@opiniãoce.com.br

Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes (Foto: José Cruzr/Agência Brasil)

Nomes da chamada “terceira via” se movimentam para ganhar apoio político e adesão popular. Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato ao Planalto, é um deles. O presidenciável esteve no Ceará, nos últimos dias, para se reunir com lideranças locais do partido e dialogar com alguns setores da sociedade.

O senador Tasso Jereissati (PSDB) e o presidente da legenda, Chiquinho Feitosa, acompanharam-no, além de palestra que ocorreu nesta quarta-feira, 20, na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE).

Segundo publicação da sigla, o objetivo foi reunir “lideranças políticas, classistas e comunitárias” para “ouvir as ideias de Leite.” O ex-gestor gaúcho ainda insiste em se tornar um nome mais forte para o partido, mesmo tendo perdido as prévias do PSDB para João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo.

A atitude causou uma racha e levou à destituição do presidente do partido, Bruno Araújo, da coordenação da campanha. Os dois pré-candidatos chegaram, inclusive, a se reunir na terça-feira (19) para tentar pacificar a relação interna.

Contudo, após reunião de Leite com Paulinho da Força, presidente do Cidadania, que está em processo de formalização de federação com o PSDB, há sinalização de que Dória seja escanteado: Aécio Neves (PSDB), que intermediou o encontro, disse que o ex-governador de São Paulo já foi avisado que não será candidato ao Planalto. Dória, no entanto, segue em campanha com agenda pelo Nordeste.

A terceira via – que contém, ainda, MDB e União Brasil –, também pode lançar outros nomes. Estão no radar o ex-presidente Michel Temer (MDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). O caso da senadora ainda é mais peculiar porque grandes nomes do seu partido, como o cearense Eunício Oliveira (ex-presidente do Senado), o deputado Isnaldo Bulhões (líder da sigla na Câmara dos Deputados) e o senador Renan Calheiros, confirmaram anteriormente ao OPINIÃO CE ainda haver dúvida quanto ao apoio a um nome do grupo ou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão, segundo eles, deve sair apenas nas convenções partidárias, em agosto. Quanto ao União Brasil, comandado nacionalmente por Luciano Bivar, existe, até o momento, duas decisões publicizadas. A primeira é que o presidente do partido é, por enquanto, pré-candidato ao Planalto. A segunda é que o ex-ministro Sérgio Moro, até pouco tempo sondado pela terceira via, não será postulante ao Executivo Nacional pela legenda, para onde migrou do Podemos no último dia da janela partidária com esse objetivo.

CIRO ACENA
Em declarações públicas, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) deixa claro o seu repúdio a Lula e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, e a sua intenção de formar uma aliança de centro-esquerda. Para isso, em sabatina nesta semana, disse que aceita se unir à terceira via.

O que possibilitou essa abertura foi justamente a saída de Moro da disputa, a quem também já direcionou fortes críticas pela sua atuação na Operação Lava Jato, quando foi juiz federal, e no Ministério da Justiça e da Segurança Pública, no primeiro ano de gestão Bolsonaro. O posicionamento de Ciro levou o gaúcho a sinalizar vontade de se encontrar com o pedetista, conforme informou, anteontem, a coluna de Roberto Moreira neste jornal..

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