Voltar ao topo

16 de outubro de 2024

Sem vice, Ciro Gomes lança nesta quarta-feira sua candidatura ao Planalto

Após ter sido ultrapassado na corrida ao primeiro turno em 2018 por Fernando Haddad, pedetista atualmente tem apostado em uma estratégia de enfrentamento aos dois líderes nas pesquisas

Compartilhar:

Atrás de Lula (PT) e Bolsonaro (PL), dono de 15 milhões de votos com os 9%, segundo o Ipespe, e com 8% conforme a pesquisa Ibope, Ciro Gomes (PDT) oficializa nesta quarta-feira, 20, a partir das 16 horas sua candidatura à Presidência da República.

A homologação acontece na convenção nacional do partido, em Brasília. Sem vice, Ciro é o primeiro presidenciável que lançará oficialmente a candidatura ao Planalto. Em suas redes sociais, Ciro Gomes, que concorre à cadeira pela quarta vez, comenta o lançamento.

“Estamos há poucas horas da largada oficial de uma candidatura movida pela esperança, pela rebeldia e por um projeto nacional de desenvolvimento. Eu tenho convicção, mais do que nunca, nós vamos mobilizar o Brasil. Estamos há 75 dias do primeiro turno. Não dá mais para adiar a reflexão do Brasil que vai sair nas urnas”, disse o presidenciável na abertura de seu programa Ciro Games, na noite desta terça-feira, 19.

Após ter sido ultrapassado na corrida ao primeiro turno em 2018 por Fernando Haddad (PT), o pedetista atualmente tem apostado em uma estratégia de enfrentamento aos dois líderes nas pesquisas. Seu partido, o PDT, tem tido dificuldades de fechar palanques estaduais e acordos com outros potenciais postulantes ao Planalto, com risco de lançar uma chapa pura para a campanha presidencial.

Pesquisa

A pesquisa “A cara da democracia”, elaborada pelo Instituto da Democracia (INCT/IDDC), registrou que 36% dos eleitores disseram não gostar de Ciro Gomes (PDT) “de jeito nenhum”, enquanto que apenas 10% das pessoas ouvidas manifestaram avaliações positivas ao pré-candidato do PDT.

De acordo com a sondagem realizada pelo O GLOBO, os entrevistados indicaram sua disposição para votar em Ciro com base em uma escala de 1 (“não gosto de jeito nenhum”) a 10 (“gosto muito”). Na soma, as pessoas ouvidas disseram “não gostar” e “não gostar de jeito nenhum.”

A rejeição do pedetista chega a 53%. Cerca de 30% das pessoas ouvidas pela pesquisa demonstraram neutralidade em relação ao ex-ministro. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram “gostar muito” de Ciro Gomes. A pesquisa A cara da democracia, registrada no TSE com o número BR-08051/2022, ouviu 2.538 eleitores em 201 cidades no mês de junho. A margem de erro é de 1,9 ponto percentual e o índice de confiança é de 95%.

Trajetória política

Ciro Ferreira Gomes tem 64 anos e nasceu em Pindamonhangaba (SP) em 6 de novembro de 1957. Aos 4 anos, mudou-se com sua família para Sobral, no Ceará, onde cresceu e construiu sua carreira política.

Foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará (1983 a 1989), prefeito de Fortaleza (1989 a 1990) e governador do Ceará (1991 a 1994). Como ministro da Fazenda no governo Itamar Franco (1994), ajudou a consolidar o Plano Real e, como ministro da Integração Nacional no governo Lula (2003 a 2006), elaborou o projeto da Transposição do rio São Francisco e viabilizou a sua implantação. O seu último mandato político foi o de deputado federal, entre 2007 e 2011, para o qual foi eleito com a maior votação proporcional do Brasil.

É também professor universitário, advogado, vice-presidente nacional do PDT e autor de quatro livros. O último, Projeto Nacional: O Dever da Esperança, lançado em 2020, chegou a ser o mais vendido do país e foi indicado ao Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Sociais.

Ciro Gomes faz um diagnóstico da crise brasileira atual e apresenta a sua proposta para sair dela, por meio de um projeto nacional de desenvolvimento.

[ Mais notícias ]