O ex-governador Camilo Santana (PT) usou suas redes sociais, na tarde desta segunda-feira, 4, para criticar o que chamou de “políticos oportunistas do Ceará” que comemoraram a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado, mas apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo sem citar nomes, Camilo se dirige à base aliada do Governo Federal, que justifica a aplicação da Lei que inside sobre o ICMS no Ceará à “pressão popular”.
“Alguns políticos oportunistas do CE comemoram redução do ICMS, mas apoiam o presidente que nunca fez nada para mudar a política criminosa de preços da Petrobras, verdadeira vilã do combustível caro? Esses apostam no quanto pior melhor para a saúde, educação, segurança e social”, detalha.
Nesta segunda-feira, o pré-candidato ao Governo e principal nome da oposição no Estado, Capitão Wagner (União Brasil), destacou que partiu de sua agremiação a proposta que virou lei. “Vitória! Após muita cobrança e pressão, o Governo do Ceará reduz o ICMS dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Quem ganha são os cearenses, que ñ aguentam mais pagar tanto imposto. O projeto aprovado em Brasília, que reduz o ICMS, é de autoria do União Brasil”, detalhou.
O relator da proposta na Câmara dos Deputados, Danilo Forte (União Brasil), também destacou a “pressão” como motivo para a determinação no Estado. “Com a força da pressão de vocês, o governo do Ceará recuou e passou a cumprir a Lei Danilo Forte, que reduz as alíquotas do ICMS para bens como energia e combustíveis. Isso é fundamental para garantir dinheiro no bolso das famílias, movimentando a economia local”, escreveu, em uma rede social.
“Izolda se posicionou contra a redução de impostos dos combustíveis no Ceará. Após ingressar com ação no STF para barrar o benefício e dar várias entrevistas atestando ser contra a medida, hoje ela anunciou a redução. Sabe por que isso ocorreu? É simples! Medo da pressão popular!”, disse o deputado estadual Soldado Noelio, pelo Twitter.
Decisão
A governadora Izolda Cela (PDT) anunciou, na manhã desta segunda-feira, a aplicação da Lei que garante o teto de 17% para o ICMS. A decisão gerou reações distintas entre figuras de oposição e situação ao Executivo estadual. Aliados parabenizaram Izolda, mas cobraram do Governo Federal ações mais efetivas para redução dos preços. A decisão foi tomada após reunião com a Procuradoria Geral do Estado do Ceará (PGE) e a Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz).