O Governo do Ceará anunciou para esta quarta (1º) a segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, doença que acomete animais como bovinos, caprinos, ovinos e suínos. A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), é a responsável pela campanha, que segue até o dia 30 de novembro para a aquisição da vacina, e 15 de dezembro para a declaração da vacinação e atualização cadastral. Na etapa, segundo o Executivo cearense, devem ser vacinados cerca de 925 mil animais, entre bovinos e bubalinos com até 24 meses.
Segundo a Adagri, vem sendo trabalhado para que o Ceará alcance a condição de Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Para isso é necessário que nas próximas etapas de vacinações o rebanho cearense seja vacinado acima de 90% por município.
A primeira etapa da Campanha, de 2 de maio a 17 de junho, atingiu o índice total de 91,91% de vacinação de bovinos e bubalinos no Estado. No entanto, 52 municípios ainda apresentam dados de vacinação abaixo dos 90%. Das 184 cidades cearenses, entretanto, 12 delas vacinaram 100% do rebanho. Foram elas: Alcântaras, Antonina do Norte, Cariús, Graça, Itaitinga, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Morrinhos, Pacatuba, Piquet Carneiro, Senador Sá e Uruburetama.
Conforme o governador Elmano de Freitas (PT), durante o anúncio da campanha, o Estado sonha em chegar a um dia em que os criadores não precisem mais vacinar o seu rebanho. “Até chegar esse dia, nós temos que vacinar muito”, pontuou. Segundo Moisés Braz (PT), secretário estadual do Desenvolvimento Agrário, o Estado avançou no combate à doença, mas ainda há preocupações a serem levantadas, como a sensibilização aos pequenos agropecuaristas. “É neles que temos mais dificuldade de chegar. Por terem poucos animais, acham que não é tão importante vacinar”.
De acordo com o deputado estadual De Assis Diniz (PT), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), a Casa tem se empenhado na conscientização dos criadores e debatido a importância da vacinação e da sanidade animal para o Estado. Ainda conforme o parlamentar, a vacinação é importante até mesmo para a economia. “Importante para agregar valor à economia e para o fortalecimento da pecuária cearense”, já que a imunização contribuiria para o fim das barreiras sanitárias e do comércio de animais vivos, produtos e subprodutos da agropecuária interna e externamente.