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7 de dezembro de 2024

Saúde: perspectiva de alívio a uma constrangedora e indigna espera

Já começa na próxima semana a operacionalização do Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas

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Já começa na próxima semana a operacionalização do Plano Estadual de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas na Rede Pública de Saúde, recém-aprovado pela Alece e sancionado pelo governador Elmano de Freitas (PT). A denominação é extremamente longa e serve para designar um problema agudo, cruel, antigo e cortante: a constrangedora e indigna espera de pacientes por atendimentos específicos nos serviços de saúde.

O Estado estima que cerca de 60 mil pessoas encontram-se nessa situação e visa, com a iniciativa, a efetivar 28.976 procedimentos que não são urgentes mas são indispensáveis – é, de fato, um quadro torturante. E a quem se atribui o agravamento dessa tortura? O deputado Romeu Aldigheri (PDT), sem esforço retórico, é certeiro: “O Governo Federal anterior não olhou por essas pessoas”. Surpresa zero.

Silêncio

A referência feita por Aldigueri, líder do Governo na Assembleia, calou a ala bolso-oposicionista que o ouvia no plenário. Nenhum dos aliados da antiga gestão federal fez menção nenhuma que ao menos lembrasse uma tímida intenção de resposta.

Na ponta da língua

Um observador do tabuleiro político não faz mistério: “O pessoal dos partidos que apoiaram Bolsonaro está orientado a não entrar em discussões delicadas assim”. E explica: “Quem tem mais de 700 mil mortes nas costas acha que o certo é ficar calado. Mas não é. O certo é reconhecer os erros e pagar por eles”.

Oferta de serviços

O atendimento de pessoas jurídicas da área de saúde no chamamento público do plano de redução de filas começa na próxima quinta-feira. As empresas e instituições sociais privadas interessadas em participar terão 30 dias para manifestações, segundo o edital.

Cofre

Mas a oposição até que não está tão sem graça assim. Que o diga o deputado Reginauro Souza (União), ator especializado em temas transcendentais. Mesmo orientado a não tratar de saúde, conforme as ordens do neo-bolsonarismo, o parlamentar achou de tentar espetar a gestão de Elmano de Freitas por um outro tipo de saúde, a financeira: “o Ceará está bem ou não das pernas? A dívida consolidada do Estado hoje é de R$ 17 bilhões”.

Não se deve dizer tudo

Reginauro não citou um dado irrecorrível: dívida é um elemento que faz parte das práticas contábeis, administrativas e legais. Também não disse, claro, que só as contrai quem tem crédito no mercado.

Espaços

Esta Coluna é publicada simultaneamente no portal InvestNordeste (www.portalinvestne.com.br) e no jornal Opinião (www.opiniaoce.com.br). Os textos estão também em https://bit.ly/3q4AETZ. O jornalista Roberto Maciel participa, ainda, do podcast Papo de Cabeça, veiculado no YouTube (https://bit.ly/3cP1JHu) e nas plataformas Deezer e Spotify. O podcast é produzido em parceria com o jornalista Maurição Lima, reunindo notícias, entrevistas e análises políticas.

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