A cerimônia de posse do governador eleito Elmano de Freitas (PT) e da vice-governadora Jade Romero (MDB) não irá contar com a presença do prefeito José Sarto (PDT). Assim como no dia da diplomação, no último dia 16 de dezembro, o gestor da Capital ficará ausente.

A ausência de Sarto na cerimônia do Tribunal Regional Eleitoral já antecipava sua possível falta também no evento deste domingo, 1º de janeiro de 2023. Em coletiva de imprensa do Réveillon de Fortaleza, o pedetista afirmou que também não irá desta vez, mas afastou quaisquer razões políticas. 

Segundo afirmou, optou por prestigiar Fortaleza, que promove evento de fim de ano no dia anterior à posse. “Seria inoperante sair daqui duas horas da manhã para estar lá às 7h”, argumentou. “O governador Elmano colocou a posse mais cedo para ir à posse do presidente Lula, mas não tem nada a ver com a posição do PT e PDT”, acrescentou ainda.

O movimento de Sarto merece atenção uma vez que acontece na esteira da reaproximação do PT e PDT após a ruptura nas eleições de 2022. Antes de afirmar se iria, ou não, à cerimônia de posse, o prefeito classificou o episódio do pleito como “a demonstração mais eloquente do fracasso da diplomacia política do Ceará”. 

Apesar de seu partido estar em diálogo com a legenda de Elmano, Sarto tem as próprias ponderações. Para o prefeito, a aliança a nível estadual também precisa refletir no município. Em Fortaleza, o PT é oposição aos pedetistas desde a gestão do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT). 

“Tenho defendido a tese dentro do partido de que a gente deva prestar apoio ao governador eleito, temos dito isso publicamente. O Elmano foi candidato a prefeito Fortaleza, conhece muito bem as dores de Fortaleza, e eu tenho certeza que a relação institucional prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado vai ser melhor do que era”, concluiu