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19 de janeiro de 2025

SAP reafirma que não houve fuga em massa em Itaitinga; Sindicato cobra melhorias

No fim de semana, o governador Elmano de Freitas (PT) publicou um vídeo, em suas redes sociais, negando o que chamou de "notícias equivocadas"
Reprodução/ Redes Sociais

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A Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) reafirmou, nesta segunda-feira (5), em nota ao OPINIÃO CE, que não houve fuga em massa de presos durante a tentativa ocorrida no último sábado (3), na Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto, em Itaitinga. Na operação policial, um interno foi baleado e levado ao hospital. Representantes do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen-CE), por sua vez, afirmam que houve fuga de detentos e cobram melhores condições de trabalho.

No fim de semana, o governador Elmano de Freitas (PT) publicou um vídeo, em suas redes sociais, negando o que chamou de “notícias equivocadas”. Na publicação, o titular da SAP, Mauro Albuquerque, explica que policiais penais trabalharam na contenção de 22 internos ligados a uma facção criminosa que tentavam fugir. O secretário Mauro Albuquerque deu detalhes da operação. “Para tranquilizar a população, não fugiu ninguém da UP2, foi uma tentativa de fuga, de 22 internos. Os policiais colocaram eles para correr de volta, um preso foi baleado e está no hospital, mas fora de perigo. O policial fez o que devia fazer”, disse.

A presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, Joelia Silveira Lins, que acompanhou a rebelião no local, diz, em vídeo no perfil oficial do Sindicato, que “fugiram vários presos” e que três policiais chegaram a ser feitos de reféns, sendo levados, posteriormente, ao hospital. A representante afirmou, ainda, que “alguns fugitivos foram recapturados”, sem detalhar quantos internos. Neste domingo (4), o vice-presidente do Sindppen-CE, Daniel Mendes, apareceu em outro vídeo, também no perfil oficial do Sindicato no Instagram, criticando o funcionamento na UP-2 e denunciando o “baixo efetivo e a gestão das extras” em relação aos profissionais.

“O Sindicato vem denunciando o baixo efetivo dos policiais penais e a instabilidade instaurada nos presídios cearenses. A gente vem buscando um diálogo com o Governado do Estado”, disse.

SAP

Em nota enviada ao OPINIÃO CE, a SAP informou que a tentativa de fuga “foi frustrada graças à pronta resposta dos agentes do Estado, que controlaram a situação com técnica e uso controlado da força, conforme previsto em lei”, disse. “A SAP reitera que não houve fuga em massa e que todos os infratores responderão administrativamente e criminalmente pelos seus atos. Por fim, a Secretaria reforça seu compromisso com o controle da segurança prisional, o trabalho de ressocialização e a valorização da polícia penal do Ceará, mantendo-se firme contra as tentativas do crime.”

Em meio ao imbróglio, o senador e candidato à Prefeitura de Fortaleza, Eduardo Girão (NOVO-CE), acionou, nesta segunda-feira (5), o Senado Federal para investigar se ocorreu a fuga dos internos. Girão se referiu à situação como uma “guerra de narrativas”. Em uma publicação, o senador alega estar trabalhando na mediação da situação, “ajudando a desvendar o mistério na segurança”. Girão solicitou uma diligência da Casa ao Estado do Ceará para ouvir instituições e entidades relacionadas ao Sistema Prisional do Estado.

O deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil), em comentário no perfil oficial do Sindppen-CE, também criticou a gestão da unidade prisional. “Muito grave essa situação de ontem [3] e precisa de apuração. Querem passar uma ideia de normalidade para a opinião publica e sabemos o quanto os PPs têm sido sobrecarregado pelas rotinas absurdas dentro das unidades com esse baixo efetivo”, disse.

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O valor de cada parcela será fixo e não poderá ser inferior a 70 reais, com vencimento no último dia útil de cada mês. O parcelamento será cancelado caso o contribuinte não pague três parcelas, seguidas ou não, ou se atrasar qualquer parcela por mais de três meses