O parlamento russo aprovou nesta sexta-feira, 4, uma lei que prevê até 15 anos de prisão para quem publicar informações falsas sobre as forças armadas do país. A decisão aconteceu após a Rússia bloquear sites de notícias como BBC (Reino Unido) e Deutsche Welle (Alemanha).
Autoridades russas alegam que o país está sofrendo uma guerra de informação sobre o conflito com a Ucrânia, que as chamadas “fake news” estão sendo espalhadas por países inimigos da Rússia, tentando causar intriga e dividir o seu povo.
A reclamação da Rússia sobre as mídias ocidentais é frequente. O país reclama que são as organizações noticiam uma visão parcial do mundo, e muitas vezes “anti-russa”, enquanto não culpam da mesma maneira os seus líderes por guerras, como a do Iraque, e por corrupção.
O diretor-geral da BBC, Tim Davie, informou que apesar da suspensão das atividades na Rússia, o veículo continuará noticiando sobre a Guerra. “Nossos jornalistas na Ucrânia e ao redor do mundo continuarão a reportar sobre a invasão à Ucrânia”, disse.
O jornal russo Novaya Gazeta, onde trabalha Dmitry Muratov, vencedor do Nobel da Paz de 2021, declarou que irá retirar do seu site os conteúdos sobre a ação militar russa na Ucrânia, devido à censura.
David Mota/Especial para OPINIÃO CE