A Rússia afirmou, por meio do seu Ministério das Relações Exteriores, que os Estados Unidos (EUA) são os responsáveis por fomentar a crise de fornecimento de gás que vem acontecendo na Europa, levando os países que lideram a região para uma decisão “suicida” não haver mais cooperação energética e econômica com Moscou, capital da Rússia.

A crise é a maior que o continente já sofreu e ainda conta com os preços da energia que não param de aumentar. Após a redução do fluxo de gás para a região oeste da Europa, promovida pela Rússia, os importadores alemães começaram a cogitar um racionamento na maior economia da União Europeia (UE).

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que para o gasoduto Nord Stream 1 volte a enviar gás, é necessário que “aqueles que começaram isso, precisam terminar com isso”.

Maria Zakharova afirmou que era do interesse dos Estados Unidos, já há algum tempo, o rompimento de laços energéticos entre as grandes potências europeias, como a Alemanha, com a Rússia, mesmo que Moscou seja um fornecedor confiável de energia desde os tempos de União Soviética.

Em contrapartida, a União Europeia e os EUA acusam a Rússia de fazer chantagem energética, após a capital russa diminuir o fornecimento de gás aos clientes da Europa. Os russos afirmam que houveram problemas técnicos em uma estação de compressão, e o conserto não aconteceu devido às sanções impostas pelo Ocidente a Moscou, pelas invasões à Ucrânia.

O Kremlim diz que, ao impor “as sanções mais severas da história moderna”, o Ocidente causou a crise energética. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que esta jogada foi como uma declaração de guerra econômica.