por Thiago Duch
No último sábado, 2, foi celebrado o Dia da Conscientização do Autismo. Instituída pela Organização das Nações Unidas em 2007, a data é uma oportunidade para chamar a atenção dos meios de comunicação e da sociedade para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que neste ano tem como tema “Lugar de Autista é em todo lugar”.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará (OAB-CE), com o objetivo de trazer uma reflexão sobre a data, organizou uma caminhada na Praia de Iracema com a presença de diversos parceiros e apoiadores da causa: membros da sociedade civil organizada, Corpo de Bombeiros e mascotes dos principais times de futebol da Capital se fizeram presentes.
Emerson Damasceno, paratleta e presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB-CE, ressalta que atualmente a falta de informação e preconceito prejudica a proximidade com a causa. “A deficiência é uma característica das pessoas e não deve ser visto como problema dessas pessoas”.
O professor Thiago Duch, pró-reitor do Centro Universitário Unifanor, em entrevista ao Opinião CE, defende que todas as Instituições de Ensino devem propor ações que envolvam as temáticas do TEA para formar profissionais cada vez mais inclusivos e despidos de preconceitos. “O objetivo é difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas que são autistas”.
Saiba Mais
Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida.
As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.
As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.