O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) se entregou à polícia na noite deste domingo, 23, após atirar com fuzil e atacar policiais federais com granada. Ele passou 8 horas desrespeitando ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais foram cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. Dois agentes ficaram feridos sem gravidade, segundo a Polícia Federal. A ordem de prisão aconteceu na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-deputado será levado à sede da PF, no Centro do Rio de Janeiro. Depois, ele seguirá para o Instituto Médico Legal, para exame de corpo de delito, e para Bangu 8. Pelo Twitter, Moraes comentou o caso. “Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos.”
Parabéns pelo competente e profissional trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras. Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos.
— Alexandre de Moraes (@alexandre) October 23, 2022
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O presidente Jair Bolsonaro também comentou sobre a prisão. “Como determinei ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio.”
Caso
Desrespeitando ordens judiciais, Jefferson teria feito disparos de fuzil e arremessado granadas. Diante da situação, os agentes revidaram. Em um vídeo, ele diz que “não atirou em ninguém para pegar”. “Atirei no carro e perto deles.” Os agentes feridos são o delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.
Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar foram ao local para negociar uma rendição. Roberto Jefferson é investigado no inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito. Ele está, atualmente, em prisão domiciliar. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, que lamentou o ocorrido, foi determinada a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local.
Uma das medidas exigidas é que ele não participe de atividades em redes sociais. Nos úlitmos dias, no entanto, sua filha, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), publicou um vídeo do pai com ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do STF. Como reação, Moraes informou, na neste sábado, 22, que todas “as providencias institucionais necessárias estão sendo tomadas para o “combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia”.