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1 de novembro de 2024

RMF tem aumento de inflação pelo terceiro mês consecutivo, afirma IBGE

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IPCA-15 divulgado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística teve alta de 0,99% em março, 0,15 ponto percentual acima da taxa de fevereiro

Priscila Baima
priscila.baima@opiniaoce.com.br

No total, do começo do ano para cá, RMF acumula inflação de 2,47% (Foto: Natinho Rodrigues)

Janeiro, fevereiro e março de 2022. O primeiro trimestre do ano não tem sido fácil para a população brasileira quando se trata de inflação, principalmente se tratando de preços do consumo de alimentos. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), não seria diferente.

Isto porque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), teve alta de 0,99% em março, 0,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,84%), que ficou 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,63%). No total, do começo do ano para cá, a região acumula uma inflação de 2,47%.

Com o aumento no IPCA-15, há um registro de alta na elevação generalizada de preços de produtos, bens e serviços. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 10,49% no Estado, abaixo dos 10,55% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2021, a taxa foi de 1,04%. Para o economista e conselheiro do Corecon-CE, Ricardo Coimbra, a prévia do IPCA registra um reflexo direto do aumento dos combustíveis e da guerra da Rússia e Ucrânia.

“Isso pode estar muito relacionado com a elevação dos preços dos combustíveis em função da guerra Rússia x Ucrânia, além do impacto no preço do trigo”, disse. Na avaliação do economista, alguns preços já vinham com repique inflacionário desde ano passado. “A expectativa desse ano, inclusive, é de mais de 7,5%. Esses são os principais fatores. E o que isso significa? Provavelmente, o do final do mês virá mais elevado que esse”, pontua.

NOVE GRUPOS
A pesquisa destacou que todos os nove grupos de produtos e serviços monitorados durante o levantamento de preços computaram altas. O setor de alimento e bebidas foi o que registrou o reajuste mais alto, tendo aumento médio de 1,95% nos preços dos itens deste segmento no Brasil.

Por outro lado, o menor aumento foi registrado no preço dos serviços e atividades relacionadas à Comunicação, com alta de somente 0,04%. A alta é pressionada pela elevação do custo dos tubérculos, raízes e legumes (13,62%), mas frutas e pescados também ajudaram a encarecer a cesta de consumo no Ceará (frutas com 6,23%, pescados com 5,72% e Hortaliças e verduras com 3,46%).

No cenário nacional, a maior variação no IPCA-15 ocorreu em Curitiba (1,55%), puxada pela alta de 6,47% nos preços da gasolina. Já o menor resultado foi registrado em Brasília (0,61%), influenciado pelas quedas nos preços das passagens aéreas (-13,23%) e da energia elétrica (-2,34%).

No levantamento, o IBGE realizou monitoramento de preços nas regiões metropolitanas de nove capitais brasileiras, além do Distrito Federal e da cidade de Goiânia entre o dia 12 de fevereiro e 16 de março deste ano. A comparação de preços foi feita com os dados registrados entre 14 de janeiro e 11 de fevereiro de 2022.

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente o IPCA, que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias.

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