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20 de março de 2025

Reajuste salarial leva professores a protesto em Sobral; há denúncias de retaliação

Divulgação/Sindsems

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Ao longo desta semana, os professores de Sobral estiveram em mobilização pelo reajuste salarial de 33,24% estabelecido pelo governo federal para o piso da categoria. De acordo com Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sobral (Sindsems), o prefeito Ivo Gomes (PDT) ofereceu um aumento de 21%, percentual menor que o firmado nacionalmente.

Em assembleia, os professores decidiram fazer uma paralisação para protestar em frente a Prefeitura pelo reajuste de 33,24%, o que desencadeou uma série de reações por parte do Executivo que o presidente do Sindsems, Gilcelio Paiva, classifica como “retaliações”. O professor explica que, apesar de o sindicato ter tido algumas demandas do magistério atendidas pela Prefeitura, a do piso da categoria ficou de fora. “Se a educação de Sobral é a melhor do Brasil, referência mundial, tem que ser mais valorizada”, disse. A declaração foi dada ao programa radiofônico de Izaías Nicolau, da cidade.

O presidente do Sindsems diz, também, que após o ato houve a demissão de 86 professores da rede municipal, incluindo dois temporários. “A gestão de Sobral se coloca como democrática, mas demite na parte da tarde os professores, tira a suplementação da carga horária temporária por retaliação pela manifestação que fizemos. É um absurdo você querer que o sindicato fique de mãos atadas a base de mordaça”, diz, questionando ainda: “Como está o psicológico dessas pessoas? Como vão pagar as contas?”.

Ele ainda leu uma mensagem de acredita ser de autoria do Executivo e que teria circulado para os profissionais: “dê o recado aos seus professores: quem pleitear a ampliação vai ser indeferido. Professor temporário terá automaticamente o vínculo cancelado. Efetivo de 8 horas terá falta. Simples assim”. Jocélio afirmou que o sindicato estuda uma contrapartida às ações da Prefeitura com esse material, mas já dá como certo que o apresentará em denúncia ao Ministério Público do Ceará (MPCE).

Ainda de acordo com o sindicalista, o relacionamento com a Prefeitura é sempre de diálogo, e assim gostaria de manter, mas se viu surpreso com o que considera uma “retaliação”.

A reportagem contatou a assessoria da Prefeitura de Sobral na tarde deste sábado, 19, para um posicionamento, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.

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