O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), disse acreditar que a dinâmica de pré-campanha adotada pelo seu partido para escolha do candidato ao Governo do Estado valorizou a sua candidatura. Ele disputava com Izolda Cela (sem partido), Evandro Leitão e Mauro Filho. Na etapa final, no entanto, apenas RC e Izolda disputaram internamente. A escolha por Roberto culminou no rompimento da aliança com PT, que apoiava a governadora, e a desfiliação da mandatária.
“Qual partido do Brasil conseguiu manter em pé uma dinâmica com quatro pré-candidaturas? Uma coisa muito bacana que mobilizou e deu valor ao meu processo de virar candidato do PDT. Acho que é uma coisa importante para mim. Se transformar em candidato a partir de um processo desse é algo que passa a ter valor. Porque não foi uma construção de cima para baixo, foi de baixo para cima”, disse Roberto Cláudio em sabatina realizada nesta quinta-feira, 11, no Jornal Jangadeiro.
Questionado sobre o que seria um “direito natural” de Izolda Cela à reeleição, argumento usado por seus adversários políticos, Roberto Cláudio afirmou que isso nunca foi estabelecido. “Em nenhum momento foi estabelecido o direito natural à reeleição. Se esse critério existisse, não haveria necessidade de uma dinâmica partidária com quatro pré-candidatos. O que havia era uma compreensão que, ao final do processo, a candidatura que chegasse mais forte e mais representativa do interesse do povo cearense seria a candidatura do PDT, e assim foi”.
Desafios
Tendo atuado como prefeito de Fortaleza durante oito anos, Roberto aposta na experiência como gestor para chegar à população. Apesar disso, vê como necessária uma aproximação com lideranças do interior do Estado. “Unir lideranças é a parte mais importante da campanha. É você se comunicar com o prefeito do interior, deputados, vereador e com a sociedade civil organizada a partir das suas representações, movimentos sociais”.
“Essa [pré-campanha] foi uma oportunidade para eu me atualizar sobre o que está acontecendo no Ceará. Pude ouvir lamentações, críticas, elogios, pude ver coisas positivas e problemas sobre a realidade atual do interior do Estado. O Ceará, ao longo do tempo, construiu uma infraestrutura. O que está faltando agora é construir um Ceará para os irmãos do Ceará, é construir um plano de desenvolvimento regional que tenha como foco a geração de emprego a partir da realidade de infraestrutura e de potenciais de cada região”, finaliza.