Em sabatina realizada pelo canal UOL e jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira, 8, o candidato ao Governo do Ceará pelo PDT, ex-prefeito Roberto Cláudio, responsabilizou o PT pelo rompimento da aliança entre os dois partidos que já durava 16 anos. Após escolha do ex-gestor em detrimento da governadora Izolda Cela [ex-pedetista e que, por hora, está sem partido], ambas as siglas optaram por lançar candidatura própria ao pleito deste ano.
“O PT escolheu o nome do ex-governador Camilo [Santana] ao Senado. Ao final do processo, quando o PDT formalizou o meu nome [ao Governo do Estado], o PT decidiu unilateralmente pela saída da aliança. Essa versão de que a desconstrução da aliança teria sido um ato do PDT simplesmente não é verdadeira”, disse Roberto Cláudio. O bloco petista, por sua vez, atribui aos pedetistas a responsabilidade pelo rompimento.
Na sequência da sabatina, RC diz que procurou lideranças do então aliado para a continuidade do projeto. “O próprio partido e eu, pessoalmente, procuramos diálogo para manter a construção dessa aliança. Então, todos os movimentos políticos do Partido dos Trabalhadores foram no sentido de caminhar para o rompimento e lançar uma candidatura própria. Tanto é que a grande maioria dos partidos que formavam aliança anteriormente permanecem nela, com o PDT”, disse.
Conforme RC e como adiantado pelo OPINIÃO CE, um total de 11 partidos compõem hoje o bloco encabelado pelas candidaturas de Roberto Cláudio e Domingos Filho (PSD);
Izolda Cela
Quando questionado sobre a disputa interna com a então governadora Izolda Cela, o pedetista afirmou que sua candidatura tinha cerca de 20 pontos percentuais acima da concorrente. “O PDT contratou uma pesquisa de opinião pública nacional, fora do Ceará, e eu pontuei 20% acima da então governadora. Então, não é verdade também que ela tinha uma força eleitoral maior do que a nossa e esse é um dos critérios objetivos. Uma candidatura que possa unir e ter força política para o enfrentamento”.
“Todas as análises de pesquisas quantitativas e qualitativas que foram realizadas internamente e pelo próprio PDT sinalizavam que a nossa candidatura era a mais forte para o enfrentamento da candidatura do Capitão Wagner [União Brasil]”.