A queda em idosos é a principal causa da perda de independência e fraturas causadas a esse público no Ceará. Somente o Hospital Regional do Vale do Jaguaribe atendeu 492 idosos só no primeiro semestre do ano. O número equivale a 9,55% do total de admissões no setor de emergência da unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o que causa um alerta para os cuidados que devem ser tomados para prevenir acidentes. As fraturas mais comuns são no punho, quadril e coluna vertebral.
De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, é calculado que uma em cada três pessoas com mais de 65 anos cai. Os dados ainda destacam que, a cada 20 idosos que caem, um já possui uma fratura ou necessitou de internação. Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% caem a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de queda é maior e chega a 50%. O médico ortopedista e traumatologista do HRVJ, Filipe Guedes, explica que os idosos que carecem de maior atenção são aqueles acima de 65 anos com fraqueza muscular, osteoporose, dificuldade de audição ou visual e, também, que usam muitas medicações, podendo levar a tonturas e quedas abruptas da pressão.
“Para prevenir esses acidentes, devemos fazer ajustes ambientais e biológicos. Devemos fazer com que esses idosos usem calçados presos na frente e atrás, devemos tirar tapetes de dentro de casa, iluminar os ambientes e fazer uso de barras em banheiros para apoio”, explica Filipe.
Os sintomas após uma queda são edemas, inchaços e manchas roxas na região acometida e dificuldade de mobilização. Felipe ressaltou, ainda, a importância de solicitar ajuda imediata ,para o paciente ter uma assistência médica o mais rápido possível e um diagnóstico completo do que causou a queda.