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29 de novembro de 2023

Rádio opinião

Quase metade dos governadores no Nordeste vai disputar Senado

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Até o começo da noite desta sexta, Camilo Santana, Renan Filho, Wellington Dias e Flávio Dino viviam suas últimas horas como governadores na Região

Ingrid Campos
ingrid.campos@opiniaoce.com.br

Foto: Reprodução/Flickr Senado

O governador Camilo Santana (PT) deixa o cargo neste sábado, 2, último dia prazo determinado pela Justiça Eleitoral (JE), para concorrer a uma cadeira no Senado Federal no pleito de outubro. Neste ano, o Ceará elege apenas um representante para a Casa com o término do mandato de Tasso Jereissati (PSDB).

As outras duas vagas continuam com Eduardo Girão (Podemos) e Cid Gomes (PDT), até 2027. Assume o comando Executivo do Estado Izolda Cela (PDT). Assim como Camilo Santana, gestores públicos de todo o País devem abrir mão de suas funções para preparar a pré-campanha às vagas eletivas deste ano.

No Nordeste, chefes do Executivo Estadual também preparam suas malas e passam a faixa para seus vices. É o caso de Renan Filho (MDB), de Alagoas; Wellington Dias (PT), do Piauí; e Flávio Dino (PSB), do Maranhão. Rui Costa (PT), governador da Bahia, anunciou, na metade do mês passado que não deixaria o cargo.

A decisão fez com que o PP, partido do seu vice, João Leão, que assumiria o posto, rompesse com o PT no Estado. Com isso, a legenda também abandonou as secretarias sob sua responsabilidade: de Planejamento, de Desenvolvimento Econômico e de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.

Leão ainda anunciou pré-candidatura a senador no grupo da oposição, liderada por ACM Neto (União Brasil). João Azevedo (PSB), gestor da Paraíba, permanece na função, já que tentará a reeleição em outubro. O mesmo fará a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), único nome feminino eleito em 2018 para o comando das unidades federativas.

A ex-deputada estadual e federal e ex-senadora lidera pesquisas de intenção de votos. A pesquisa Ipespe, divulgada na semana que se encerra neste sábado, mostra a governadora com 34% da preferência do eleitorado, percentual quase três vezes maior que o segundo colocado, Styvenson Valentim (Podemos), com 13%. Belivaldo Chagas (PSD), de Sergipe, também pretende seguir no governo até a posse do próximo gestor, em 2023. Em declarações anteriores, o gestor já havia dito que não quer mais “candidato a mais nada na vida”, decisão que, ao que tudo indica, deve permanecer. Mesmo assim, ele apoiará o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) na sucessão do cargo.

EM PERNAMBUCO
Até o início da noite desta sexta-feira, 1º, Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, não havia confirmado se permaneceria à frente da administração estadual ou não. Sua pré-candidatura ao Senado foi estimulada pelo presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a presidente do aliado PCdoB nacional, Luciana Santos, também vice-governadora, assumisse o governo.

O interesse do PT também se explica pela dificuldade do partido em conseguir um postulante a Casa. Com Paulo Câmara aceitando o convite de Lula, essa carência seria preenchida com a candidatura da legenda aliada. O PSB, no entanto, prefere que o governador permaneça no posto para fortalecer a candidatura do seu possível sucessor, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), que quer assumir o Executivo pernambucano a partir de 2023.

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