O Mundo vive um dos momentos mais tensos desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Em meio aos ataques Russos sobre a Ucrânia, brasileiros que atuam em equipes de futebol do país atacado pedem socorro ao Itamaraty, que até agora não anunciou plano de retirada dos atletas. Entre incertezas, fica o questionamento: Qual o papel do esporte nessa conjuntura? Figuras esportivas já se manifestaram contra os ataques encabeçados pelo autocrata Vladmir Putin.
O piloto alemão de Fórmula 1, Sebastian Vettel, já anunciou que não vai participar do GP da Rússia em 2022. A categoria automobilística, no entanto, se furtou de condenar a postura russa e se resumiu a afirmar que “analisa a situação”. Entidades como Uefa (futebol) e World Athletics (atletismo) condenaram a invasão à Ucrânia. Sabemos que o esporte tem um papel que vai muito além do entretenimento.
As personalidades esportivas alçam à fama, idolatria e, consequentemente, conquistam um poder de influência que, por vezes, alcançam escala global. Lógico que nem todos estão preparados para ocupar esse papel, e é preciso entender quem não se sente apto a ser uma voz ativa nesse sentido. Ao longo da história, exemplos não faltam de influências do esporte em meio a conflitos.
Em 2005, por exemplo, a seleção brasileira de futebol visitou o Haiti em meio a uma guerra civil. Ronaldo, Ronaldinho e companhia foram responsáveis por amenizar, mesmo que por um dia, a dura realidade dos haitianos. Em 1969, a equipe do Santos de Pelé, foi responsável por uma trégua na guerra que assolava a Nigéria. O “Rei do Futebol”, inclusive, se manifestou pelas redes, prestando solidariedade a ucranianos.
É difícil saber, de fato, como o esporte e os seus grandes nomes podem ajudar no conflito atual de forma efetiva, mas na época das mídias, quem tem influência e alcance pode ser um aliado importante na disseminação de informações, promoção de campanhas para ajudar o povo ucraniano com mantimentos, ou a força midiática para pressionar a uma solução diplomática. Que o esporte não se cale. O Mundo precisa dele.