O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará registrou crescimento de 5,26% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. O resultado cearense é mais que o dobro do registrado no Brasil, de 2,5%, na mesma comparação. Os números foram divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Dentre os três setores que compõem o PIB (Serviços, Agropecuária e Indústria), o melhor resultado no Ceará no primeiro trimestre de 2024 ficou com a Indústria, que apresentou desempenho de 12,83% em relação ao primeiro trimestre de 2023, superando o do Brasil, de 2,8%. O segundo melhor resultado ficou com Serviços, com 3,87%, seguido pela Agropecuária, com índice de 2,07%, enquanto o nacional foi de 3,0% e -3,0%, respectivamente.
Ao analisar as taxas de crescimento do Valor Adicionado por setores, o PIB cearense, que fechou em alta de 2,7%, foi impulsionado pelo desempenho da Indústria (+6,28%), bem acima da nacional, de -0,1%, seguido pela Agropecuária, com 3,4%, contra 11,3% do Brasil. Já o setor de Serviços fechou com 1,39%, enquanto o nacional 1,4%.
PREVISÃO
O índice do PIB estadual nos primeiros três meses deste ano, quando comparado ao quarto trimestre de 2023, também apresentou elevação de 2,7%, superando novamente a média nacional no mesmo período, que atingiu 0,8%. Já o PIB cearense acumulado nos últimos quatro trimestres foi de 3,31% contra 2,5% do nacional. O crescimento da economia do Ceará superou os PIBs da Bahia e Pernambuco no primeiro trimestre deste ano, respectivamente de 2,9% e 1,8%.
Atualmente, a previsão do PIB do Ceará para 2024 é de um crescimento de 3,16%, resultado acima da estimativa do nacional, que é de 2,08%. A primeira perspectiva, ainda em dezembro de 2023, era de 1,91%, passando para 2,31% em março. Em todas estimativas os índices esperados também superaram o nacional, de 1,5%; 1,78% e, finalmente, de 2,08%.
Além do Ceará, mais 10 estados brasileiros realizam o cálculo do PIB, indicador que mostra a tendência do desempenho da economia no curto prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificaçõe.