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5 de dezembro de 2023

Rádio opinião

Putin diz que sanções são semelhantes a uma “declaração de guerra”

O posicionamento é visto com preocupação por especialistas.
Foto: Reprodução/Kremlin

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O presidente russo Vladimir Putin declarou, neste sábado (5), que as sanções ocidentais contra a Rússia são semelhantes a uma declaração de guerra. O presidente alertou, ainda, que qualquer tentativa de impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia equivaleria a entrar no conflito. O posicionamento é visto com preocupação por especialistas. Em entrevista recente ao OPINIÃO CE, o professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-doutor em Direitos Humanos, Flávio de Leão Bastos, alertou para a possibilidade.

“Essas sanções que estão sendo impostas são semelhantes a uma declaração de guerra, mas graças a Deus não chegou a isso”, disse Putin a um grupo de comissárias de bordo em um centro de treinamento próximo a Moscou. O presidente russo disse, ainda, que qualquer tentativa de outra potência impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia seria considerada pela Rússia como um passo para o conflito militar. Vale lembrar que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) rejeitou o pedido de Kiev de implementar uma zona de exclusão aérea. Conforme a organização, isso aumentaria a guerra para além da Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky lamentou a decisão. “Apesar de saber que novos bombardeios e novas baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar o espaço aéreo da Ucrânia […] A liderança da Aliança deu luz verde para a continuação do bombardeio de cidades ucranianas, recusando-se a estabelecer uma zona de exclusão aérea”, afirmou Zelensky em um vídeo divulgado pela presidência. O presidente também afirmou que a justificativa da Otan em não provocar uma agressão direta trata-se de uma “criação de histórica para si mesmos”.

Em entrevista recente ao OPINIÃO CE, o professor Flávio de Leão Bastos alertou que “quanto mais sanções, menos espaço para negociação” e que, caso a Otan imponha movimentações mais bruscas, seria “inevitável” uma 3ª Guerra Mundial. “O correto, ao meu ver, é que a diplomacia não seja uma via abandonada”, disse.

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