Embora ainda conste no rol de candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início da tarde deste domingo, 14, a candidatura de Paulo Anacé (PSOL) vai perder seus efeitos junto à Justiça Eleitoral (JE) para que o indígena concorra a deputado federal nas eleições de outubro deste ano. O objetivo, aponta o presidente da Federação PSOL-Rede no Ceará, Tecio Nunes, é eleger dois deputados federais pelo Estado, consultado pelo OPINIÃO CE sobre a decisão.
O entendimento foi tomado pelo diretório estadual do partido neste fim de semana e depois ratificado junto à Rede, também estadual, em reunião iniciada neste sábado, 13, e que se prolongou até as 3 horas da madrugada deste domingo, e integra também o rol de estratégias da federação para incrementar o apoio ao nome de Camilo Santana (PT) ao Senado. O pedido de registro de candidatura do ex-governador consta na JE.
Conforme Tecio Nunes, havia insegurança jurídica para as legendas em torno da candidatura de Paulo Anacé ao Senado em razão de ambos os partidos estarem em federação também com PT. “O camarada Paulo Anacé, depois de consultar sua aldeia e seus apoiadores, decidiu se postular a deputado federal e ajudar a eleger de um a dois deputados federais. Existia também uma divergência jurídica com duas candidaturas registradas ao Senado. Então, o camarada Paulo Anacé achou mais prudente se postular a federal, retirando a candidatura estadual.”
O presidente afirma ainda que a recente reunião teve como temas também a divisão do Fundo Eleitoral que se dará de forma coletiva, aponta, “dando prioridade a mulheres indígenas e negros e negras.” Tecio Nunes cita o nome de Adelita Monteiro, que desistiu ainda neste momento de pré-campanha da candidatura ao Governo do Estado, afirmando que ambos têm candidaturas muito representativas. A federação PSOL-Rede soma cerca de 25 candidaturas à Câmara dos Deputados.