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18 de setembro de 2024

Proteção para a educação

Confira a coluna de Roberto Maciel deste terça-feira, 12.

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Passou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara federal a admissibilidade de Proposta de Emenda à Constituição que determina execução obrigatória de despesas orçamentárias com manutenção e desenvolvimento do ensino. O objetivo da matéria, da deputada Fernanda Melchionna (Psol-SP), é impedir o contingenciamento das verbas para políticas educacionais do Executivo. Fernanda quer evitar justamente o que expôs – de formas capenga, patética e com uma aritmética errada – o então ministro da Educação. Em maio de 2019, Abraham Weintraub espalhou um monte de chocolates numa mesa diante do presidente Jair Bolsonaro e tentou convencer a opinião pública de que o corte de recursos era positivo. Na época, Weintraub e o governo pagaram mico pelas contas que não souberam fazer. Não apenas trataram mal o ensino, mas ameaçaram o futuro.

Traço na pandemia

Cartunista dos mais criativos, o cearense Carlos Henrique “Guabiras” está com livro novo na praça. O título é “Como sobrevivi à covid-19”. É um relato de resistência e superação da trágica pandemia do coronavírus. Tão bem-humorado quanto necessário, diga-se. Guabiras está vendendo a publicação pelo Facebook: https://www.facebook.com/guabiras.cartunista.

Acelerado

Por obra e graça do deputado Marcos Sobreira (PDT), o contribuinte bancou sessão na Assembleia Legislativa para comemorar 10 anos do “Anonimous Moto Grupo”, entidade por meio da qual 11 – isso mesmo: onze, mas com respectivas garupeiras – motociclistas organizam passeios por estradas do Ceará. Bacana o que o parlamentar fez com seu dinheiro, né não? A propósito, a símbolo do nada anônimo “Anonymous” é uma caveira com asas.

Essenciais

Enquanto a turma do lazer acelera alegre e festivamente pelas estradas, casa legislativa nenhuma discute a situação dos motoqueiros que prestam serviços, em geral sob condições difíceis, a aplicativos de entrega de comida no Ceará. Essa categoria prestou serviços essenciais no pico da pandemia. E ainda presta.

Amargo regresso

O retorno do Brasil ao Mapa da Fome, delineado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), tem uma representação especialmente dolorosa. Primeiramente, por indicar vidas em risco ou perdidas pelo descumprimento dos mais elementares direitos do cidadão. Depois, por jogar o País de volta a uma condição de três décadas atrás. Isso: em apenas três anos recuamos 30. Como se recuperar disso?

Frase

A fome não é unicamente humilhante – o que já seria demais. É deletéria e criminosa. Pausa para o genial português José Saramago: “Não é a pornografia que é obscena. É a fome que é obscena”.

Aqui, ali e alhures

Além do jornal Opinião, o portal InvestNordeste (www.portalinvestne.com.br) publica a Coluna do Roberto Maciel. Semanalmente, o autor e o jornalista Maurício Lima estão do podcast Papo de Cabeça, que pode ser acessado nas plataformas YouTube e Spotify.

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