Com apenas dois dias de propaganda eleitoral nos rádios e TV, a Justiça Eleitoral já está sendo acionada para combater algumas publicações, como no caso da campanha de Capitão Wagner (União Brasil), candidato ao Governo do Estado do Ceará, que teve uma das suas propagandas com o pedido protocolado por conta de divulgação de desinformação.
Quem deu entrada no pedido foi a coligação Ceará Cada Vez Mais Forte, que conta com os seguintes partidos: PT/PC do B/PV, MDB, PRTB, PSOL, REDE e SOLIDARIEDADE, e tem Elmano de Freitas (PT) como candidato ao Palácio da Abolição.
A propaganda em questão cita o tema segurança, e o candidato ao Governo do Estado do Ceará, Capitão Wagner, diz que foi “aos Estados Unidos para conhecer a metodologia do FBI” e vai trazer para o Estado, o padrão “FBI de investigação”, pois terá a ajuda de George Piro, “que trabalhou no FBI por 23 anos”, disse Wagner. FBI é a sigla de Federal Bureau of Investigation, traduzido como Departamento Federal de Investigação, em português.
George Piro começa a discursar na propaganda eleitoral depois do candidato, e cita que sua equipe interrogou “ninguém menos que Saddam Hussein”, e que, recentemente, comandou o FBI em Miami, além de combater o tráfico de drogas pela América Latina.
A alegação do documento protocolado diz que ao citar a implementação do “padrão FBI” no estado do Ceará, o candidato está “incutindo no eleitor a ideia de que serão usadas técnicas, metodologias, treinamentos e armamentos do próprio FBI, órgão público estrangeiro, sem nenhum aval da instituição, a qual, à semelhança da Polícia Federal no Brasil, é proibida de se envolver em eleições e favorecer candidaturas”, tratando-se de um “fato sabidamente inverídico”.
O documento também diz que “a promessa de contratação de George Piro no eventual futuro mandato do Capitão Wagner ocasionaria a prestação dos seus serviços de consultoria na área de segurança pública, e não a ideia distorcida de implantar as técnicas próprias do FBI no Ceará”. E finaliza dizendo que: “o candidato deliberadamente induz o eleitorado ao erro, propagando fatos inverídicos, a fim de se beneficiar da notoriedade e competência que o conhecido órgão de segurança pública americano FBI possui sobre a população em geral.