Arte urbana, periferia e mulheres. São com essas três vertentes, focadas principalmente em LBTQIAP+ e moradoras de periferias, que o projeto Mais que Rosa (MQR) viabiliza e torna tangíveis espaços para o fazer artístico na cena urbana de Fortaleza. A edição deste ano acontece no dia 23 de julho, a partir das 9h30, na Rua Marielle Franco, 630, no bairro Conjunto Esperança.
Realizadas anualmente desde 2018, as ações do MQR “tem o intuito de apresentar caminhos alternativos aos que são impostos pela sociedade patriarcal marcada pela norma heterocisbranca. Nossas ações se distribuem em diversas atividades e mudam de localização todo ano, a fim de estimular formações por toda cidade”, salienta Raquel Santos, arte educadora e uma das mulheres que integram o projeto.
Nesta edição, o Mais Que Rosa também reúne rodas de conversa e um mutirão de grafite.
PARA AS PESSOAS QUE PARTICIPAM
Com o propósito de ser um ambiente acolhedor e seguro, o MQR oferece material, comida e espaço de criação, como um mural coletivo, para que as pessoas se sintam à vontade e possam testar as variadas técnicas da arte urbana. “Focadas em construir um meio diverso, em que possamos estar e deixar à vontade quem chega, desde 2021 temos intérpretes de libras acompanhando todas as nossas proposições para contemplarmos as mulheres da comunidade surda”, revela Raquel.
Na ação deste ano, pessoas que não se identificam com o binarismo de gênero – artistes não-bináries e agêneros – também terão um local para se expressar e ser por meio da arte. “Nosso intuito é ver as ruas cada vez mais ocupadas, sendo coloridas por artistas e artes dissidentes”, completa a arte educadora.
