Após impasses acerca da instalação da usina de dessalinização da água do mar na Praia do Futuro, em Fortaleza, e os possíveis impactos aos cabos submarinos, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou, por unanimidade, o projeto da Dessal do Ceará. A reunião ordinária, realizada nesta quarta-feira (8), foi presidida pela secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Vilma Freire, e contou com a presença do superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, além de outras autoridades e demais conselheiros.
Críticos ao projeto dizem que a instalação da usina pode impactar em cabos submarinos que levam internet para todas as regiões do País. A Cagece, no entanto, responsável pelos estudos do empreendimento, nega essa interferência. O caso chegou a ser ponto de embates entre o Governo do Estado e o Governo Federal.
Ao todo, o projeto, que firma sua base na diversificação da matriz hídrica do Estado e visa garantir a segurança do abastecimento de água em Fortaleza, foi aprovado com 22 votos favoráveis e quatro abstenções. Segundo o Governo, cerca de 720 mil pessoas serão beneficiadas com a Dessal Ceará. A secretária da Sema, Vilma Freire, destacou que a aprovação do projeto seguiu os trâmites necessários e atende a uma antiga reivindicação para garantir o sonho de segurança hídrica para Fortaleza.
“O impacto da Dessal Ceará vai ser mínimo, diante da grandeza do projeto. Eu venho do interior do Estado e eu já passei por momentos de seca. Há 35 anos o Estado sonha com isso”, destaca.
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DESSAL CEARÁ
O projeto prevê que a planta de dessalinização da Capital seja a maior da América Latina, com capacidade de produção de 1m³ (mil litros de água) por segundo. Além disso, a Dessal Ceará terá um investimento total de R$ 3 bilhões ao longo dos próximos 30 anos e deve ser construído nos próximos dois anos, 2024 e 2025.
