Entre os dias 19 de outubro e 10 de novembro, Fortaleza recebe a 2° edição do festival Cine Ar Livre, que levará para praças públicas de seis territórios da cidade um total de 24 exibições de longas e curta-metragens. Toda a programação é gratuita. O objetivo do projeto é oferecer experiências coletivas e imersivas por meio da democratização do cinema, com reflexões sobre aspectos humanos e sociais, conectando o público a diferentes realidades culturais e emocionais.
A programação inicia no sábado (19), no bairro Moura Brasil, na Barraca Foi Sol/Soulest, a partir das 18h30, com a exibição das obras “Barra Nova”, “Pedro”, “Josué e o Pé de Macaxeira” e “Pequenos Guerreiros”. No domingo (20), a Praça do Abel, no bairro Pirambu recebe o festival, também às 18h30, com os filmes “O Figurino”, “Di Passagem”, “Ópera Sem Ingresso”, “Urubu Aterrado” , “Aquele Que Veio do Oeste” e “Cabeça de Nego”.
Até o dia 10 de novembro, o Cine Ar Livre exibirá filmes em outros bairros de Fortaleza: Sapiranga, Mucuripe/Castelo Encantado, José Euclides e Parque Santana. Para Camila Rodrigues, diretora do Cine Ar Livre, o projeto também visa mapear e fortalecer pequenos núcleos de cineclubes dos bairros por onde o projeto passa, assim como incentivar novas produções.
“Proporcionar uma imersão coletiva com o cinema é também desenvolver canais que permitam integrar indivíduos e grupos sociais distintos, por meio do reconhecimento de suas experiências. Acreditamos no audiovisual como instrumento capaz de impulsionar processos de empoderamento fundamentais para mudar as relações sociais, políticas e econômicas por onde o evento vai passar”, destaca Camila.
O acesso aos filmes é totalmente gratuito e a classificação é livre para todas as idades. O Cine Ar Livre é um projeto apoiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Cultural, via Lei Paulo Gustavo, e pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cultura, com realização de Lagartazul Produtora e apoio cultural Mercúrio Produções.
FILMES EXIBIDOS NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA:
- “Barra Nova” (Diego Maia) retrata a transformação diária da praia que dá nome ao curta através dos olhos de uma criança.
- “Pedro” (Leo Silva, Curta) mostra a rotina do personagem, marcada por brincadeiras, TV e escola, até ser interrompida por um pôr do sol que traz um silêncio inesperado.
- “Josué e o Pé de Macaxeira” (Diego Viegas) narra a aventura fantástica do protagonista que troca o seu burro por uma macaxeira mágica.
- “Pequenos Guerreiros” (Bárbara Cariry) acompanha três crianças do sertão cearense em uma aventura inesquecível, enquanto acompanham a família em uma viagem para pagar uma promessa.
- “O Figurino” (Magi do Carmo), desconstrói estereótipos racistas da representação de mulheres negras na TV brasileira.
- “Di Passagem” (Nair Beatriz), um olhar sensível sobre deslocamentos e o que se perde e se ganha no caminho.
- “Ópera Sem Ingresso” (Andreia Pires), uma ópera cotidiana em um condomínio prestes a ser demolido, onde música e memórias se entrelaçam.
- “Urubu Aterrado” (Cris Souza e Weslley Oliveira) traz mãe e filho confrontando seu passado ao retornarem à praia de onde foram despejados anos antes.
- “Aquele Que Veio do Oeste” (Wes Maria) narra o retorno de Beatriz a Fortaleza para vender um imóvel e seu encontro com histórias de monstros marinhos que aterrorizam as praias locais.
- “Cabeça de Nego” (Déo Cardoso) o jovem Saulo desafia o sistema escolar após ser expulso por reagir a um insulto racista, iniciando uma grande mobilização coletiva, inspirado pelos Panteras Negras.