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15 de outubro de 2024

Progressista e União Brasil fecham acordo de olho na sucessão em Caucaia em 2024

O Progressista é comandado no Ceará pelo deputado federal Aj.Albuquerque, filho do secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque
Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O União Brasil e o Partido Progressista (PP) fecharam parceria de olho na sucessão do prefeito Vitor Valim (sem partido) em Caucaia. A informação foi divulgada pelo vice-prefeito, Deuzinho Filho (União Brasil), rompido politicamente com Valim. O Progressista é comandado no Ceará pelo deputado federal Aj.Albuquerque, filho do secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque, ligados ao governador Elmano de Freitas (PT) e ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

Mesmo sem partido, após deixar o Pros, Valim também compõe o bloco governista e chegou a ser cotado no PT. O Governo do Estado também tem sido parceiro de Valim na gestão de Caucaia. Apesar da parceria com Deuzinho no município, o Progressista ainda não fechou apoio público a um nome em específico para as eleições de 2024.

“O Partido Progressistas agora faz parte do nosso Grupo Político em Caucaia. Agradeço a confiança do Presidente Regional, deputado federal Aj.Albuquerque. Vamos cuidar melhor da nossa cidade junto com o União Brasil e agora o Partido Progressistas”, escreveu Deuzinho em suas redes sociais.

A composição conta com aval do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira.

BRIGA INTERNA

Em maio deste ano, se tornou pública a disputa entre Vitor Valim e seu vice, Deuzinho Filho. Na ocasião, Deuzinho foi acusado de estar  utilizando verba pública para fins pessoais, fato negado pelo vice. O vice-prefeito alegou, por sua vez, que estava sendo perseguido politicamente e que o orçamento de seu gabinete foi diminuído. A maior rivalidade entre os dois políticos, no entanto, se deu após aprovação do projeto de lei autorizando a venda de mais de 30 imóveis pertencentes ao Município, com previsão de arrecadação de R$ 60 milhões. Enquanto Valim defendeu a venda de terrenos, Deuzinho foi contrário à proposta.

A Prefeitura justifica a venda dos imóveis argumentando que a ação possibilitaria a construção de escolas, hospitais, espaços de promoção cultural e de lazer. Além disso, ressaltou que, caso os terrenos permaneçam desocupados, “poderão ser objeto de ocupação desenfreada por parte de particulares”. Em declaração, na época, o prefeito denunciou o que classificou de “fake news” em relação às acusações de Deuzinho.

Deuzinho, por sua vez, criticou a proposta de venda de terrenos por falta de discussão pública e conhecimento da população. O vice-prefeito reclamou ainda de supostamente ter sido expulso de seu gabinete na sede da gestão municipal.

“É triste ver uma situação dessa com ataques homofóbicos. Eu tenho família, pai, mãe e irmão. Todos nós ficamos ofendidos e receosos. Eu vou apenas apresentar uma ação popular para defender o povo da minha terra. Eu vou acionar a Justiça e todos os meios jurídicos possíveis. As acusações homofóbicas não vão ficar impune. Aos caucaienses, fiquem tranquilos, eu não tenho medo! Não vou admitir esses ataques“, ponderou o vice-prefeito, na ocasião.

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