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7 de fevereiro de 2025

Professores de Fortaleza decidem pela continuidade das paralisações até 8 de fevereiro

A decisão vem após a Prefeitura de Fortaleza não conceder o reajuste salarial de 14,95% aos educadores, que também reivindicam respeito ao Plano de Cargos e Carreiras do Magistério
Foto: Sindiute /Instagram

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Os professores da rede municipal de ensino de Fortaleza decidiram pela continuidade da paralisação até a próxima quarta-feira, 8. A decisão foi deliberada após assembleia geral nesta quinta-feira, 2, no Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute).

A decisão vem após a Prefeitura de Fortaleza não conceder o reajuste salarial de 14,95% aos educadores, que também reivindicam “respeito ao Plano de Cargos e Carreiras do Magistério; carteira assinada para professores substitutos; a implantação de um reajuste que deveria ter sido feito em 2017; revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada a aposentados; e revisão da reforma da previdência de Fortaleza”.

Somada a essas reivindicações, segundo o Sindiute, estão também melhorias nas condições de trabalho e de funcionamento das escolas municipais e a demissão de professores substitutos, que teriam sido dispensados sem direito à rescisão contratual, conforme a categoria.

O próximo ato da categoria será uma passeata nesta sexta-feira, 3, às 8h, com concentração na Praça da Imprensa e que passará pela sede da Secretaria da Educação, encerrando na Coordenadoria de Gestão de Pessoas – COGEP/SME.

Entenda o impasse

Na última terça-feira, 31 de janeiro, o prefeito José Sarto (PDT) disse, em vídeos publicados em suas redes sociais, após encontro com a categoria de professores e professoras da rede municipal de ensino, que a Prefeitura de Fortaleza cumpriria o reajuste salarial que contempla o valor estabelecido no piso nacional da Categoria, conforme anúncio recente do Ministério da Educação (MEC).

O impasse entre as partes está em relação ao percentual de reajuste, que seria de 14,95%, porém em cima do valor do piso, não do valor que o profissional recebe atualmente. Sarto garantiu, ainda, que os demais itens da pauta de reivindicações da categoria irão continuar em discussão entre as partes, desde que haja o fim da paralisação.

Segundo o Sinduite, mais de 80 prefeituras do Ceará, aplicam, efetivamente, os 14,95% ou mais aos profissionais do magistério na referência inicial da carreira, o nível médio, e com repercussão nos demais níveis (graduados, especialistas, mestres e doutores). Além disso, segundo o órgão, a gestão de Fortaleza propõe menos de 1% de reajuste salarial, impondo o achatamento das remunerações da categoria.

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