O Prêmio Morris F. Skinner, considerado o “Oscar da paleontologia”, deverá contemplar o primeiro brasileiro. Se trata do professor de paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), no Interior do Ceará, Antônio Álamo Feitosa Saraiva, biólogo e coordenador do Laboratório de Paleontologia da instituição estadual. O reconhecimento é referente aos seus trabalhos sobre a Bacia Sedimentar do Araripe, na Região do Cariri. O docente é um dos autores de uma pesquisa que resultou em um “Guia de fósseis da Bacia do Araripe”.
A informação foi divulgada pela Urca, apesar de, no site da Sociedade de Paleontologia, instituição responsável pela premiação, ainda não ter divulgado os nomes dos vencedores desta edição.
Conforme a Urca, o professor deve viajar para Minnesota, nos Estados Unidos, para receber o prêmio, que foi anunciado para esta quarta-feira (2). Além da condecoração, o vencedor ganhará 2,8 mil dólares, o que equivale a R$ 15,2 mil. A premiação busca homenagear as contribuições notáveis e sustentadas para o conhecimento científico através da criação de importantes coleções de vertebrados fósseis, além de ser concedido para pessoas que encorajam, treinam ou ensinam outras pessoas nas mesmas atividades.
Saraiva é formado em Ciências Biológicas pela Universidade Regional do Cariri (Urca), possui mestrado em Criptógamos e doutorado em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele também é servidor na Urca desde 1994.
BACIA DO ARARIPE
Os estudos em destaque do professor de paleontologia são sobre a Bacia do Araripe, que é reconhecida por sua riqueza de fósseis de insetos, plantas e, principalmente, por ser o local onde foram encontrados esqueletos de dinossauros. Entre os fósseis, estão de um pterossauro, réptil alado pré-histórico – da espécie Tapejara navigans -, único exemplar inteiro no mundo. Outro dinossauro encontrado foi o da espécie Aratasaurus museunacionali, que pertence à família dos carnívoros T-Rex e Velociraptor.